Novas regras para a publicidade de medicamentos
A divulgação em mídia de massa de medicamentos isentos de prescrição contará até o meio do ano com uma resolução mais rígida no que se refere à exigência de informações sobre a utilização e os riscos de efeitos colaterais provocados pelos produtos.
No geral, a indústria farmacêutica investe cerca de R$ 1 bilhão em publicidade por ano, segundo dados do Ibope Monitor. O faturamento do mercado de produtos isentos de prescrição corresponde a R$ 7,2 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip).
"É preciso haver informação precisa e completa na publicidade, que explicite para que serve, riscos e benefícios do produto", afirma Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa. Para justificar a relevância do tema, Melo cita como exemplo o caso de uma pessoa que tem úlcera e toma uma aspirina. Nesse caso, a pessoa pode ter uma hemorragia. "Agravos como esses são previstos, mas muitos não têm conhecimento. A população precisa saber disso", diz.
Melo afirma que a idéia inicial não é proibir a veiculação de peças publicitárias. Antes disso, o objetivo é tornar mais rígidos os parâmetros para a publicidade desse segmento
A proibição de campanhas vai depender do comportamento dos fabricantes diante das novas regras.
“O próprio Conselho Nacional de Saúde, órgão máximo da saúde no Brasil, recomendou no ano passado a proibição desse tipo de publicidade", conta Mello.
Fonte: Jornal Gazeta Mercantil
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