Que a atividade física traz benefícios para o corpo e a mente –como melhora das condições cardiorrespiratórias, perda de peso e alívio do estresse--, todo mundo sabe. A despeito disso, segundo Pesquisa Nacional de Saúde feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2013, quase metade dos adultos em nosso país (46%) não faz nenhum exercício.
Aderir e manter uma atividade física ao logo da vida é algo que depende, basicamente, de dois aspectos: desejo e necessidade.
A seguir, os especialistas ouvidos pelo UOL nesta reportagem dão dicas para que você engrene na prática de atividade física.
Fontes: Gabriel Ganme, especialista em medicina esportiva e do exercício pela Escola Paulista de Medicina; Gisele Maria Schwartz, pesquisadora do Laboratório de Estudos do Lazer da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) de Rio Claro (SP) e Laura Castro de Garay, profissional de educação física e coordenadora do curso de graduação em educação física da Faculdade Gama e Souza, no Rio de Janeiro.
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Busque uma atividade compatível com a sua habilidade
Pesquisadores do Centro de Pesquisa Biomédica Pennington, em Louisiana, nos Estados Unidos, analisaram o mapa do genoma humano, de 2000 a 2007, para descobrir quais genes contribuem para a aptidão física de cada indivíduo. Entre as conclusões, está a de que as características genéticas influenciam, sim, no processo de adaptação de algumas pessoas a determinados tipos de treinamentos físicos. É sabido que pessoas afrodescendentes têm fibras musculares propícias a exercícios de explosão, como corridas de cem metros. Nas caucasianas, as fibras musculares são de contração lenta, mais adequadas para exercícios aeróbicos, de longa duração, como caminhadas.
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Entenda que o processo de mudança do corpo é lento
Muitas pessoas desistem porque não enxergam resultados imediatos. Não dá para acreditar que você vai emagrecer dez quilos em um mês ou ganhar muitos músculos no mesmo período.
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Tenha em mente a recompensa que espera
Ter prazer na atividade é outro fator importante, mas não essencial. O exercício não tem de ser 100% prazeroso, mas a recompensa que você ganha ao fazê-lo tem de estar clara na mente. A pessoa precisa tirar algo positivo daquela atividade para manter o estímulo. Assim, talvez você não sinta satisfação em acordar mais cedo para ir à academia ou por ter de passar no parque para correr após o trabalho, em vez de ir direto para casa. Mas se o esforço for feito com um propósito, a atividade ganhará significado.
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Comece devagar
Nos primeiros meses, a pessoa vai avaliar se gosta daquele exercício. E, geralmente, se ela ultrapassa o primeiro semestre, consegue se manter na prática. A partir desse período, se a desistência acontecer, provavelmente ela estará ligada a fatores externos e não à vontade do praticante. Para que o início seja estimulante, comece com calma. Nesse período, vale fazer exercício duas vezes por semana, por cerca de 20 minutos, e ir evoluindo gradualmente. E caso o professor que coordene a prática não dê um retorno ao aluno sobre a evolução de desempenho após os primeiros meses, é interessante cobrar. Isso vai ajudar a enxergar os benefícios que foram adquiridos até então e a manter a motivação.
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Relembre atividades físicas que te davam prazer
Puxe da memória atividades físicas que fazia quando era jovem por puro prazer ou experimente uma modalidade que imagina ser gostosa.
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Facilite a rotina
O melhor é escolher um local para praticar que seja próximo do trabalho ou de casa. Também é preciso descobrir em qual horário do dia você tem mais motivação
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