Para José Sócrates, que governou Portugal entre 2005 e 2011, o que ocorre no Brasil é uma tentativa de destituição sem delito, sem fundamento constitucional: ‘O impeachment de Dilma Rousseff é uma vingança política da direita, que não aceita a derrota nas urnas. É um golpe político da direita, porque agora não mobilizam os militares; é impedir a candidatura de Lula à presidência de 2018. É utilizar a Justiça para condicionar eleições’; ele diz ainda que vê Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, não como um juiz, mas como um ativista político
‘O impeachment de Dilma Rousseff é uma vingança política da direita, que não aceita a derrota nas urnas. Não basta fazer acusações, é preciso fazer julgamento; condenar alguém sem direito a defesa acontece no Brasil e em Portugal, condenar sem julgar; destituição sem delito e sem fundamento. É um golpe político da direita, porque agora não mobilizam os militares; é impedir a candidatura de Lula à presidência de 2018. É utilizar a Justiça para condicionar eleições’, diz ele, em entrevista ao ‘El Pais’.
Ele condena ainda o vazamento de conversas telefônicas entre Lula e Dilma, pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato: “O juiz cometeu um delito; pedir perdão não o exime da culpa. A legitimidade de um juiz se baseia na imparcialidade, com esse gesto a perdeu. Já não o vejo como um juiz, mas como um ativista político” (leia aqui).
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