
Nenhum dos três jornais que participaram ativamente da derrubada da presidente Dilma Rousseff, dedicou destaque ao assunto. A Folha preferiu trazer em sua manchete que notícia do aumento da inadimplência no Fies, o financiamento estudantil, que subiu para 53% em 2016. Jornal chefiado por Otávio Frias Filho dedicou apenas uma fotolegenda da ministra Cármen Lúcia.
Enquanto a mídia finge que não vê a delação da Odebrecht, a ministra Cármen Lúcia trabalha no fim de semana para homologar os acordos. Com a morte do ministro e relator dos processos da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, em queda de avião na semana passada, ficou nas mãos de Cármen Lúcia a tarefa de decidir tanto sobre as homologações, quanto sobre quem herdará a relatoria.
Como plantonista do recesso do Judiciário, Cármen Lúcia pode decidir questões urgentes até o dia 31 de janeiro. Além disso, na terça-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF um pedido de urgência para a homologação das delações, abrindo espaço para a presidente do Supremo autorizar as homologações antes do início dos trabalhos, no dia 1º de fevereiro.
A abertura do ano judiciário, prevista para a próxima quarta-feira, é encarada por essa fonte como um "divisor de águas" para a ministra externar sua decisão
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