Na noite de sexta-feira (06/04), ao receber um grupo de deputados da
bancada federal do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou
animá-los.
Ainda que com outras palavras, deixou claro que vê sua prisão – ele decidiu se entregar na Polícia Federal no final da tarde deste sábado (09/04) – como fruto de um arbítrio, mas que será algo passageiro. Falou referindo-se, nem tanto ao número de dias – que ninguém sabe prever – que permanecerá detido, mas ao tempo da História.
Está indignado, preocupado com o momento político do país, mas tem procurado não demonstrar baixo-astral. Quando viu o deputado Paulão (PT-AL) emocionado, cobrou dele: “Grandão, vai chorar? Na luta”. Na manhã de sábado, diante de um político maranhense que também marejou os olhos, recomendou: “Vai para o Maranhão. A luta lhe espera”. Ao público, em um ato público na manhã deste sábado, explicou:
Em seguida, acrescentou:
Abraçou algumas dezenas de amigos e correligionários, entre os quais uma senhora que estava com um bebê no colo. Lula segurou a criança, afagou-a e ainda aceitou ser filmado com ela, voltando-se para os que estavam atrás com celulares em punho. Não mostrou pessimismo, ainda que sua fisionomia reflita a tensão e noites mal dormidas dos últimos dias. Enquanto ele participava da missa, secretárias acertavam detalhes da mala de roupas que ele levará para Curitiba.
A opção de Lula foi pessoal depois de ouvir muita gente. Pesou mais a opinião dos advogados. Ela, se agradou a maior parte dos seus aliados, desagradou a outros representantes de correntes políticas que defendiam que ele deixasse a polícia ir buscá-lo. Entre estes, está Guilherme Boulos, como mostrou Paulo Henrique Amorim. No blog Conversa Afiada, em Boulos resiste e não recua!, o líder do MTST e candidato à presidência da República pelo PSOL, explicou:
É uma das ações que a ministra Carmen se recusou a levar ao plenário e que agora, comeste pedido de liminar, o seu relator, ministro Marco Aurélio, poderá levar a debate já na quarta-feira. Como não trata de um caso específico, há a expectativa de que a ministra Rosa Weber vote com seu posicionamento anterior, concordando com a constitucionalidade. Muda-se a jurisprudência e abre-se brecha para Lula ser solto
Ainda que com outras palavras, deixou claro que vê sua prisão – ele decidiu se entregar na Polícia Federal no final da tarde deste sábado (09/04) – como fruto de um arbítrio, mas que será algo passageiro. Falou referindo-se, nem tanto ao número de dias – que ninguém sabe prever – que permanecerá detido, mas ao tempo da História.
Está indignado, preocupado com o momento político do país, mas tem procurado não demonstrar baixo-astral. Quando viu o deputado Paulão (PT-AL) emocionado, cobrou dele: “Grandão, vai chorar? Na luta”. Na manhã de sábado, diante de um político maranhense que também marejou os olhos, recomendou: “Vai para o Maranhão. A luta lhe espera”. Ao público, em um ato público na manhã deste sábado, explicou:
“Vivo o momento de maior indignação. Não é fácil o que eu passo, o que minha família passa. Quero dizer que a sacanagem da morte da Marisa foi consequência do que a imprensa e o Ministério Público fizeram com ela”.
Em seguida, acrescentou:
“Sairei dessa maior, mais forte e mais inocente. Vou de cabeça erguida e sairei de peito estufado, porque vou provar minha inocência.”Na manhã deste sábado, pouco antes de participar da missa em homenagem aos 67 anos que Marisa Letícia faria se fosse viva e do ato público no qual explicou sua decisão, Lula circulou pelo segundo andar do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, em São Bernardo do Campo.
Abraçou algumas dezenas de amigos e correligionários, entre os quais uma senhora que estava com um bebê no colo. Lula segurou a criança, afagou-a e ainda aceitou ser filmado com ela, voltando-se para os que estavam atrás com celulares em punho. Não mostrou pessimismo, ainda que sua fisionomia reflita a tensão e noites mal dormidas dos últimos dias. Enquanto ele participava da missa, secretárias acertavam detalhes da mala de roupas que ele levará para Curitiba.
A opção de Lula foi pessoal depois de ouvir muita gente. Pesou mais a opinião dos advogados. Ela, se agradou a maior parte dos seus aliados, desagradou a outros representantes de correntes políticas que defendiam que ele deixasse a polícia ir buscá-lo. Entre estes, está Guilherme Boulos, como mostrou Paulo Henrique Amorim. No blog Conversa Afiada, em Boulos resiste e não recua!, o líder do MTST e candidato à presidência da República pelo PSOL, explicou:
“Nossa posição não mudou. É de resistir! A resistência é justa e necessária. Os advogados parecem ter prevalecido. Nós respeitamos a decisão do Presidente Lula, mas considero que a ordem de prisão é injusta e viola a Constituição“.Na grande maioria que apoia a decisão está João Pedro Stédile, coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Terra, que a este Blog comentou:
“O que queremos? Lula preso por 80 anos ou por dez dias?”Não deu a foto que queriam – Na verdade, Stédile, assim como a grande maioria dos que estão ao lado de Lula, depositam suas fichas no debate que esperam ser travado na quarta-feira no Supremo tribunal Federal. O ministro Marco Aurélio Mello sinalizou que irá levar a debate no plenário o pedido de liminar assinado por Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, na Ação Declaratória de Constitucionalidade do artigo 283 do Código de Processo Penal que determina que a prisão só comece “em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado”.
É uma das ações que a ministra Carmen se recusou a levar ao plenário e que agora, comeste pedido de liminar, o seu relator, ministro Marco Aurélio, poderá levar a debate já na quarta-feira. Como não trata de um caso específico, há a expectativa de que a ministra Rosa Weber vote com seu posicionamento anterior, concordando com a constitucionalidade. Muda-se a jurisprudência e abre-se brecha para Lula ser solto
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