247 – O jornalista Janio de Freitas faz um alerta em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo: “quem duvidava que, de dentro da prisão, Lula estivesse no processo eleitoral, cuide-se”. Janio analisa o encontro fatal entre Lula e Ciro em um segundo turno e deixa subscrito um outro alerta para o consórcio do golpe: de que Ciro dançará conforme a música – e que a música atente pelo nome de Lula.
O colunista da Folha observa que de dentro da prisão Lula vem articulando de posse de sua conhecida inteligência – e de sua experiência de 5 eleições como candidato cabeça de chapa à presidência – todos os passos eleitorais que estão sendo dados no país.
Sobre a relação de Lula com Ciro, Janio afirma que ambos sabem que precisam um do outro em um eventual segundo turno e que se há alguém garantido no segundo turno, seja ele mesmo, seja com um indicado, é Lula.
“A referência de Lula ao segundo turno com Ciro contém duas situações. A do apoio de Ciro ao candidato do PT, seja quem for e contra quem for, mas também a de apoio do PT a Ciro, com iguais condições. Esta última hipótese, porém, vai mais longe: nela está implícita a admissão de que o candidato do PT não chegue ao segundo turno.
(...)
Com isso, o desejado enlace com Ciro no segundo turno, e desde logo rejeitado com qualquer outro dos candidatos, tem um caráter de alternativa que se estende necessariamente ao primeiro turno. A depender só das circunstâncias e suas exigências. Remota ou não, segundo cada interpretação, a possibilidade está inscrita na orientação de Lula que aproxima PT e Ciro Gomes. E que transtorna tanto a configuração da escala de pré-candidatos como as cabeças de vários deles, cientes de que, se Lula não concorrer, de nada lhes adianta: a aliança PT-Ciro faz serviço semelhante. Quem duvidava que, de dentro da prisão, Lula estivesse no processo eleitoral, cuide-se.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário