8.05.2018

A QUÍMICA DOS COSMÉTICOS CONVENCIONAIS

Cada vez que você aplica em seu corpo um produto de 
beleza que não seja livre
 de petroderivados está introduzindo na corrente
 sanguínea, coisas com nomes
 estranhos. Uma leitura dos ingredientes 
revelará nomes impronunciáveis,
 como Avobenzona, Homosalato, Octisalato,
 Octocrileno, Oxibenzona, Octinoxate..
. E por que estão lá? Por que são baratos, acessíveis à 
indústria e fáceis de diluir. 
E também por culpa dos consumidores, que preferem
 produtos com cheirinho,
 com cor agradável, que espalhem facilmente. 
Sim, queridas, a indústria sempre
 vai na direção daquilo que querem os consumidores,
 mesmo que tenha de omitir
que esses confortos são potencialmente perigosos.

Os Parabenos, por exemplo, são usados em 
quase todos os produtos de beleza 
como conservantes. Eles estão presentes,
 tanto nos industrializados quanto nos 
manipulados em farmácias e comprados em lojinhas
 de produtos “naturais”,
 (exceto quando indicado). São disruptores hormonais
 e estão ligados ao
 câncer. Os Óleos Minerais, Parafina e 
Petrolatosão derivados de petróleo
 que recobrem a pele com uma fina 
camada semelhante ao plástico, o que
 fecha os poros e impede a eliminação de
 toxinas. Provocam o envelhecimento
 precoce da pele e, por conta disso, estão 
ligados ao câncer.

O Lauril Sulfato de Sódio (SLS) é encontrado em
 quase todos os produtos
 de beleza e higiene pessoal e é responsável por 
quebrar a camada de
 gordura que recobre a pele ressecando-a 
e provocando seu envelhecimento
 precoce. Ele é usado para fazer com que
 o produto seja rapidamente absorvido
 e deixar a pele seca logo após a aplicação.
 Entretanto, por quebrar a barreira
 protetora de gordura, acaba permitindo a 
absorção de outras substâncias químicas
. Pode induzir ao câncer pelo risco de
 se transformar em Nitrosamina, um 
carcinogênico. Por conta de sua toxicidade, 
a indústria procura substitui-lo
 por seu primo um pouco menos tóxico, o 
Lauril Éter (laureth) Sulfato de Sódio (SLES).

A Acrilamida é encontrada na maioria dos cremes
 faciais e está ligadar irritação 
da pele e dermatite e está ligado a problemas de
 fígado e rins. O Fenol
 (Ácido Carbólico) pode p aos tumores
 mamários. O Propilenoglicol 
é um solvente para fragrâncias oleosas que pode 
provocarovocar paralisia respiratória
 e levar à morte, mas mesmo assim está presente
 em muitas loções e cremes.
 O Dioxano está escondido em 
ingredientes como o Polietilenoglicol (PEG), 
ou polisorbato, alcoóis etoxilados - é facilmente
 absorvido pela pele e, por ser
esmo naquele delicioso perfume francês) 
escondido atrás do singelo nome de
 fragrância. A exposição crônica ao tolueno
 provoca anemia, diminui a contagem
 de hemácias, lesiona o fígado e pode afetar o 
desenvolvimento do feto ainda no útero.

Os Ftalatos estão presentes em mais de 75% 
das embalagens plásticas e ligados 
à má formação congênita no sistema reprodutor
 de meninos e diminuição
 da motilidade de espermatozoides em adultos. 
Não estão no produto em si,
 mas acabam vazando da parede das embalagens 
para o produto que 
você vai aplicar na pele. A Metilisotiazolinona
 (MIT) e o Triclosan são
 largamente utilizados em produtos com ação
 antibacteriana (xampus, sabão 
para lavar as mãos, pastas de dente), mas pode 
provocar efeitos danosos no
 sistema nervoso. Além disso, há indícios de que
 o uso destes produtos bactericidas 
provocam reações alérgicas (rinite, tosse crônica,
 irritação na garganta).

Entenda o risco potencial de aplicar estas 
substâncias em seu corpo, não só por que
 a pele é o nosso maior órgão, mas também é o 
mais fino: menos de 1 milímetro
 nos separa de uma infinidade de toxinas. Para 
piorar a situação, nossa pele é 
altamente permeável e permite que muitas 
substâncias atinjam diretamente
 a corrente sanguínea e alcancem lugares 
distantes em nosso corpo. 
A quantidade de toxinas a que algumas pessoas
 estão expostas cotidianamente
 é como brincar de roleta russa. Só para ter 
uma idéia, uma mulher que usa
 maquiagem todos os dias absorve mais de
 2 quilos de aditivos químicos ao ano.
 É por tudo isso que se diz que só deveríamos 
aplicar em nosso corpo aquilo 
que podemos comer! Ou pelo menos minimizar
 nossos riscos usando

Por Dr. Carlos Braghini - Médico, foi pesquisador
 em Fisiologia Humana 
e professor universitário, membro da Texas 
State Naturopathic Medical 
Association. Participa do Grupo de Estudos 
sobre Medicina Complementar
 e da Comissão Pró-Regulamentação da 
Quiropraxia no Brasil. É palestrante
e escritor, e atua em seu consultório no 
Rio Grande do Sul. 


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