A estratégia da
coligação PT-PC do B de confrontar a censura do Judiciário e da Band e a
hegemonia das mídias conservadoras e realizar um debate com Lula,
Haddad e Manuela nas redes foi um sucesso inesperado. Mais de um milhão
de pessoas já havia assistido o debate às 10h30 da manhã desta sexta
(10). Apenas na página oficial de Lula no Faceboook, eram 830 mil
visualizações; na página da TV 247 no YouTube, no mesmo horário, já
havia mais de 75 mil visualizações. No mesmo horário, havia 2,2 milhões
de visualizações do debate da Band na página da emissora no YouTube. A
audiência do debate na TV aberta chegou a 5,9 pontos, ao redor de 3
milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Mais de um milhão de pessoas já havia assistido o debate às
10h30 da manhã desta sexta (10); apenas na página oficial de Lula no
Faceboook 830 mil visualizações; na página da TV 247 no YouTube, no
mesmo horário, já havia mais de 75 mil visualizações; estão sendo
consolidados os números de audiência na internet ao longo desta sexta;
tudo indica que a audiência do debate PT-PC do B seja ainda muito maior
Em debate 'paralelo', Haddad critica Alckmin e Meirelles
Vice na chapa de Lula, ex-prefeito faz transmissão pelas redes sociais e critica presidenciáveis do PSDB e MBD
Numa transmissão realizada ao vivo pelas redes sociais para compensar a
ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate
televisivo entre candidatos à Presidência nas eleições 2018 que a Band
levou ao ar nesta quinta-feira, 9, o vice na chapa de Lula, o
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, dedicou boa parte da sua fala
para direcionar ataques ao PSDB do candidato Geraldo Alckmin e ao MDB do
presidente Michel Temer e do candidato Henrique Meirelles.
"O Temer, apoiado pelo PSDB, deu um reajuste de salário mínimo abaixo
da inflação. Isso significa que o trabalhador humilde vai perder poder
de compra", disse Haddad. "Temer também aprovou uma maluquice que é o
teto de gasto, que congela os gastos por 20 anos. O PSDB e o MDB
sustentam que essa medida é correta", afirmou.
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A Band chegou a convidar Lula para o debate desta quinta-feira, mas o
ex-presidente foi impedido pela Justiça. O presidente está preso desde
abril por corrupção passiva e lavagem de dinheiro(Sem Provas).
Para tentar compensar a ausência de Lula, o PT realizou uma transmissão ao vivo com a participação de Haddad, de Manuela d'Ávila (PCdoB), que será a vice na chapa após a definição legal sobre a candidatura de Lula, da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann
(PR), e de Sérgio Gabrielli, que foi presidente da Petrobras durante
boa parte dos governos petistas e hoje coordena a campanha do presidente Lula.
A transmissão do PT buscou interagir com o que diziam os demais
candidatos na Band. Depois de Alckmin afirmar que iria melhorar a saúde
em um eventual governo seu, Haddad rebateu: "Como o Alckmin diz que vai
melhorar a saúde se ele participa do governo Temer? Por que já não
fizeram isso? O PSDB é a base de sustentação do governo Temer no
Congresso", disse.
O vice de Lula afirmou também que vários candidatos que participam do
debate, além de Alckmin, dão sustentação ao governo golpista. Pouco depois,
enfatizou que Alckmin e Meirelles são os candidatos que representam a
continuidade de Temer.
Em outro momento, quando Alckmin prometeu aumentar os salários,
Gabrielli disse que o tucano e seu partido são responsáveis pela
situação vivida pelo País hoje. "Eles não podem fugir da
responsabilidade que tiveram", disse o ex-presidente da Petrobras. "E
quem deu o golpe foi o PSDB. O MDB foi só um instrumento", afirmou
Gleisi.
Na única menção ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), quando o deputado
federal condicionou a flexibilização de leis trabalhistas à geração de
emprego, Haddad disse que era difícil comentar o que afirmava Bolsonaro
em razão da "dificuldade de argumentação" do militar.
Os comentários dos petistas eram intercalados por alguns vídeos
gravados de Lula, nos quais ele relembrava conquistas do seu governo e
explicava algumas de suas propostas para o Brasil, em especial para a
recuperação da economia. A transmissão também mostrou depoimentos de
cidadãos comuns que apoiam o ex-presidente, como o de um desempregado
que disse ter vontade de voltar a trabalhar.
Além dos ataques ao PSDB e ao MDB, Haddad afirmou que o PT vai levar a
candidatura de Lula "até as últimas consequências". "É muito importante
que Lula tenha as prerrogativas de um cidadão comum. Não queremos que
Lula seja tratado acima da lei, mas que também não seja tratado abaixo
da lei", afirmou. "A decisão judicial que impediu Lula de participar do
debate foi antidemocrática e é incompatível com a legislação atual",
disse.
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