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11.22.2008
Alerta contra a dengue
Ministério da Saúde diz que Rio lidera índice de infestação do mosquito da dengue
BRASÍLIA - Nove municípios do Estado do Rio, incluindo a capital, estão em situação de alerta contra a dengue. A informação é do Ministério da Saúde, que divulgou ontem o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Além do Rio, que registra o maior índice de infestação em todo o Estado (2,9%), Barra Mansa, Belford Roxo, Cabo Frio, Campos, Caxias, Itaboraí, Niterói e São João de Meriti também apresentam índices considerados preocupantes, ou seja, entre 1% e 3,9%.
Apesar de os números gerais no Estado do Rio terem caído em comparação a 2007, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que há disparidade nos índices de infestação de bairro para bairro. Segundo ele, alguns locais em Nova Iguaçu apresentam 0% de infestação, mas outros chegam a 9,8%. A mesma situação ocorre no Rio, onde algumas localidades, como o Jacaré, registram índice de 10,8%. “Nossa orientação é para que todas as equipes de transição dos municípios coloquem a dengue como prioridade”, disse Temporão.
A cidade do Rio, que enfrentou uma epidemia de dengue no início do ano, que matou 105 pessoas, reduziu seu índice de 3,7% para 2,9%. Mesmo assim, continua entre as 14 capitais em estado de alerta contra a doença. “Espera-se que, no Rio, não tenhamos uma situação tão grave em 2009”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna.
Segundo o ministério, 50% dos focos estão nos domicílios, como vasos, lajes e piscinas. Na Baixada, problemas de saneamento e falta de acesso à água encanada, que obriga a população a recorrer a reservatórios caseiros, são os fatores que mais favorecem a proliferação do mosquito.
Jobim mobiliza militares contra Aedes aegypti
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou ontem a criação de uma frente militar de mobilização imediata e com treinamento específico para combater a dengue. O ministro colocou 2.321 militares à disposição do Ministério da Saúde para atuar em ações de combate à doença. Do efetivo destacado, 820 homens (600 do Exército, 120 da Aeronáutica e 100 da Marinha) ficarão à disposição do Estado do Rio. “Vamos manter forças militares capacitadas para a dengue. Em até 24 horas, deslocaremos o conjunto necessário para ações de combate ao mosquito. Antes, a capacitação demorava de 15 a 20 dias. É uma ação terapêutica e não profilática”, explicou Jobim, que, em tom de brincadeira, chamou o ministro da Saúde de “General Temporão”.
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