11.23.2008

Notificações a Reações Adversas de Medicamentos (RAM) em Portugal é muito baixa. (Veja comentários)


Mais de 1700 reacções adversas a medicamentos (RAM) deverão ser registadas em Portugal até ao final do ano, mas a autoridade que regula o sector reconhece que estas notificações ficam muito aquém da realidade.

Um sistema de farmacovigilância jovem e a falta de sensibilização de alguns profissionais são as razões apontadas pelo presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) para justificar estes números, “bastante inferiores aos dos outros países”.

“Estamos abaixo do valor considerado adequado para um sistema de farmacovigilância eficaz”, afirmou Vasco Maria, em entrevista à Lusa, estimando que na Europa sejam notificadas “menos de dez por cento das reacções adversas a medicamentos” e que “em Portugal a situação ainda é mais grave”.

O responsável adiantou que, anualmente, estima-se que existam 250 RAM por milhão de habitantes, existindo cerca de 150 em Portugal, “o que é muito pouco”.

O problema “deve-se ao facto de o sistema ser relativamente jovem”, avançou Vasco Maria, lembrando que Portugal foi “praticamente o último país europeu a implementar o sistema de farmacovigilância, em 1992, 1993”.

Erros de medicação não são registados

As reacções adversas a medicamentos podem ser de vária ordem, como cutâneas ou cardíacas. Habitualmente, “são graves e podem provocar o internamento, alterações significativas e até a morte”, alertou. Nenhum fármaco é isento de fazer reacções, conforme explicou Vasco Maria.

Questionado pela Lusa sobre os erros de medicação, o responsável afirmou que Portugal não dispõe de um sistema de registo.

Os erros de medicação podem acontecer por variadas situações, desde que o médico prescreve o medicamento (por letra ilegível ou por confusão na dose), à farmácia que o distribui (confundindo as embalagens, por exemplo), ou ao enfermeiro que o dá ao doente errado.

“Começa-se agora a pensar em implementar esse registo, que é muito importante”, sublinhou.

23.11.2008 - 12h53 - Atento, Lisboa, Portugal
O Prof. Vasco Maria deve reflectir bem antes de lançar "acusações" indiscriminadas. Se não há um sistema de registo de medicação que passe a haver. Aliás, devia haver um! Só agora é que o Infarmed pensa nele? É certo e sabido que a maioria dos denominados "erros de medicação" ocorrem no acto da prescrição. Incluir as farmácias (e, consequentemente, os farmacêuticos que por elas são responsáveis) no mesmo rol de acusações é, no mínimo, hiperbolizar um problema e arrastá-lo para cima de outros profissionais, pois muito têm as farmácias feito no sentido de detectar eventuais erros de prescrição e alertar para esse mesmo facto. O Prof. Vasco Maria tem de ter mais tento quando decide falar.

23.11.2008 - 11h39 - I.M.R., Odivelas
Sr. J, Lisboa. A sua análise é muito radical. Diga-me uma coisa. As pessoas quando vão aviar o medicamento já leram as indicações que estão no interior da embalagem? A única hipótese seria que antes da compra as pessoas fossem fazer essa análise na Internet, o que não está ao alcance de todos. Mas também lhe digo que se as pessoas levassem essas indicações demasiadamente a sério, poucos seriam os medicamentos utilizados, pois quase todos vêm repletos de contra-indicações. Acho que o problema está mais ao nível de quem o receita e que terá de ter em conta os possíveis efeitos adversos.

23.11.2008 - 11h23 - I.M.R., Odivelas
Há muitas pessoas que aparecem com alergias e não sabem a proveniência. E o que fazem? No meu caso apareceu-me uma enorme alergia nas pernas que me provocou noites inteiras sem dormir. Fui enviado por um médico hospitalar para a urgência do mesmo hospital (Serv. de Dermatologia) com chamada de atenção para efeitos causados por medicação recente, os quais já eu tnha decidido supender. A médica da especialidade diagnosticou o problema como sequelas do Verão e medicou-me nesse sentido.Comprei os medicamentos, caros e sem desconto, cujo efeito foi a agudização do problema. Claro que suspendi este tratamento. Com o tempo vou recuperando lentamente. Mas fiquei sem saber qual o tipo de alergia que continuo a pensar ser de origem medicamentosa. Este caso como milhares pelo país fora não entram nas estatísticas, que assim ficarão adulteradas. As pessoas desenrascam-se porque não vale a pena ...

23.11.2008 - 11h08 - A. M Coelho de Carvalho, Tramagal, Portugal - as1716643@sapo.pt
A Lei que foi aprovada, por unanimidade na Assembleia da Republica, há uns 5 anos, ainda não foi regulamentada... Quem preferir ser tratado pela homeopatia, pela acupuntura, ou qualquer das outras terapias menos violentas e perigosas do que a alopatia oficial, não tem direito a qualquer comparticipação. O Estado, não reconhecendo as profissões dos terapeutas das medicinas naturais está a perder dinheiro porque eles não podem passar recibo do que recebem pelas suas consultas. A saúde pública certamente melhoraria bastante com o reconhecimento generalizado das vantagens das "medicinas naturais", mas em Portugal, como na maior parte dos outros países, a resistência à mudança, pela indústria farmacêutica e por muitos dos médicos, tem impedido a concretização dessa melhoria. Quem estiver interessado poderá aperceber-se da dimensão universal, por exemplo, da homeopatia visitando academy@vithoulkas.com .

23.11.2008 - 10h35 - j, lisboa
Os prospectos avisam das reacções adversas. As pessoas é que quando compram o medicamento não se dão ao trabalho de ler o prospecto. Mas se fosse uma telenovelas ou um mexerico qq isso sim já tinham paciência para ler. Agora quanto á INFARMED dizer que os profissionais de saúde receitam ou administram medicação erradamente,isso é pura COBARDIA. É por em cheque todas as pessoas que trabalham nos diversos Hospitais e Centros de Saúde.

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