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11.20.2008
Estresse e suas repercussões na saúde:
Estresse no trabalho e repercussões na saúde: resultados do Estudo Pró-Saúde
Nas últimas décadas, houve forte revigoramento, em nível internacional, da pesquisa epidemiológica voltada para a elucidação de determinantes sociais que afetam a saúde e o bem-estar. As primeiras pesquisas sobre estresse com seres humanos envolveram soldados após a Segunda Guerra Mundial, vítimas de catástrofes naturais e também indivíduos que experimentaram situações críticas no âmbito pessoal como, por exemplo, doença grave, morte de um ente querido, falência, desemprego e separação. Nessas diferentes situações, a experiência do estresse ocorreu de forma repentina, originando reação igualmente aguda do organismo.
Recentemente, a pesquisa a respeito dos efeitos do estresse sobre a saúde tem se concentrado prioritariamente nas situações em que o estresse é vivenciado em pequenas doses, cotidianas, como é o caso do ambiente do trabalho. Diante dessa exposição duradoura, outras reações de adaptação do organismo são necessárias.
Nos Estados Unidos, queixas relativas à saúde têm sido mais freqüentemente associadas a problemas no trabalho do que a qualquer outro aspecto da vida, como problemas financeiros ou familiares. Naquele país, um quarto dos trabalhadores percebe sua ocupação como o primeiro agente causador de estresse em suas vidas.
A percepção do estresse no ambiente de trabalho é uma das principais linhas de investigação do Estudo Pró-Saúde, que acompanha cerca de três mil trabalhadores de uma universidade do Rio de Janeiro, desde 1999 (com duas fases de coleta de dados: em 1999 e 2001). Seu objetivo principal é avaliar os mecanismos pelos quais os determinantes sociais da saúde - nível de escolaridade e renda, por exemplo - afetam a saúde física e mental. Especificamente, temos investigado a influência desses fatores na hipertensão arterial, obesidade, transtornos mentais comuns e também nos acidentes de trabalho.
Para avaliar os efeitos do estresse no trabalho sobre a saúde, os pesquisadores envolvidos no Estudo Pró-Saúde procederam à adaptação da escala de medida elaborada por Robert Karasek e Töres Theorell para o português. O produto dessa adaptação, publicado em 2004 (Alves, MGM et al. Revista de Saúde Pública 38(2):164-71), tem sido utilizado por numerosos pesquisadores brasileiros, envolvidos em diversos outros estudos.
De acordo com nossos resultados, o estresse no trabalho não é percebido uniformemente pelos participantes. Por exemplo, as atividades de trabalho de 19% daqueles que têm apenas o ensino fundamental foram classificadas como de "alto desgaste" (maior nível de estresse) comparados a 10% daqueles com grau universitário. A proporção de participantes cujas atividades foram classificadas nessa categoria também foi diferente de acordo com os setores de trabalho, variando entre 4% em institutos de ensino e 25% em departamentos do hospital universitário.
Quanto à associação com desfechos de saúde, os resultados obtidos até o momento sugerem que o estresse no trabalho contribui para a ocorrência dos transtornos mentais comuns definidos como possíveis quadros de depressão e/ou ansiedade que podem ser confirmados ou não por diagnóstico clínico. Participantes do estudo que desempenham atividades de trabalho classificadas como de alto desgaste apresentaram chance 50% maior desse tipo de transtorno do que os participantes classificados nas categorias com menor grau de estresse.
Em relação à prevalência de hipertensão arterial, os resultados sugerem outra conclusão. Não parece existir relação com o grau percebido de estresse no trabalho. Essa conclusão se baseia não somente na análise das respostas dos participantes considerados individualmente, mas está de acordo também com seu agrupamento nos respectivos setores de trabalho.
A coordenação do Estudo Pró-Saúde é composta pela pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) Dóra Chor e três pesquisadores do Instituto de Medicina Social (IMS) da Uerj (Eduardo Faerstein, Claudia S. Lopes e Guilherme L. Werneck). Cerca de 30 alunos dos programas de pós-graduação das duas instituições desenvolveram ou estão desenvolvendo suas teses no âmbito do estudo.
Dóra Chor
Veja como o stress afeta o seu organismo
Descrição
Stress não é uma doença, é uma reação do organismo a uma ou mais sobrecargas.
Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, álcool, drogas, acidentes, correria, insegurança, dificuldades com chefes, colegas, carro quebrado, Marginal parada, etc., fazem nosso corpo produzir excesso de dois hormônios, Adrenalina e Cortisol.
Então começam os sinais de Stress:
Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
Insatisfação, irritabilidade, explosividade, reclamações.
Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados, piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
Insônia, sono agitado, pesadelos.
Falhas de concentração e memória.
Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
Uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar.
Cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas, sensação de monotonia
Que levam aos sintomas do Stress
Cansaço
Ganho ou perda de peso, má digestão, prisão de ventre e diarréia, gases, gastrites, úlceras.
Baixa de resistência, infecções, gripes e outras viroses, por exemplo Herpes.
Pressão Arterial alta, Colesterol alto, Arteriosclerose, Acidente Vascular Cerebral (AVC ou "Derrame"), Infarto, etc.
Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”, Fibromialgia.
Bruxismo (significa ranger dentes durante o sono).
Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama durante a noite).
Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. Seborréia, queda de cabelos, unhas fracas.
Diabetes.
Diminuição de Libido, Impotência Sexual.
Tentativa de relaxar com álcool, nicotina, drogas e excesso de comida, causando outras complicações no organismo.
Doenças psicossomáticas.
Ataques de ansiedade.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
Ataques de Pânico [taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa “não está lá” (isso se chama desrealização), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa].
Depressão.
Importante:
1) Não precisa acontecer uma sobrecarga exagerada para estressar. Às vezes vários pequenos fatores se acumulam e sobrecarregam o organismo.
2) Sobrecargas "boas" também podem estressar. Exemplos: comprar, reformar, construir casa, promoção no trabalho com novos desafios, casamento, ganhar na loteria e ter que investir o dinheiro J.
Com o tempo aprendemos a controlar, administrar e conviver com os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade. Cada pessoa tem um limite de problemas que ela consegue administrar, isso é individual.
Você não precisa se livrar de todos os seus problemas para melhorar, basta chegar à quantidade que você consegue administrar sem estressar.
O que fazer ?
A solução é óbvia mas difícil de fazer: mudar hábitos.
Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos, alimentação mais saudável, socializar mais com amigos, dançar, fazer esportes, ir ao cinema.
Viajar, tirar férias, curtir a família. Até Deus precisou descansar no sétimo dia !
Massagem, Yoga, meditação.
Condicionamento físico.
Psicoterapia. Conversar com uma pessoa neutra e tecnicamente preparada ajuda a organizar melhor os pensamentos e administrar melhor os problemas.
A medicação acaba com os sintomas físicos e melhora o sono. Com isso a pessoa tem mais “cabeça fria” e energia para procurar soluções.
Se aparece uma Depressão ela irá piorar o Stress e criar um círculo vicioso, portanto deve ser tratada.
Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.
OBS (boaspraticasfarmaceuticas: Não a automedicação
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