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11.17.2008
Golpe contra roubo e falsificação de medicamento (rastreador)
Produto sairá da fábrica com código que permitirá rastreá-lo até pontos de venda. Em 2007, Brasil teve prejuízo de R$ 10 bilhões
O comércio de medicamentos falsificados ou roubados ficará mais difícil no País. Todos os medicamentos vendidos no Brasil sairão de fábrica com um rastreador que permitirá acompanhar a circulação do produto até o consumidor. A medida, que entra em vigor a partir de 2010, faz parte de um plano acertado entre a indústria farmacêutica e o governo federal para combater a pirataria de remédios. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no ano que vem rastreadores-piloto começam a funcionar experimentalmente.
Só no ano passado houve prejuízo de mais de R$ 30 bilhões ao país em sonegação e fraudes. Este ano, a Polícia Rodoviária apreendeu 444,8 mil medicamentos falsos, quase 40% mais do que as 322 mil unidades apreendidas em 2007.
“Usaremos um código impresso, que terá registrado todo o caminho do medicamento, desde a fabricação até o consumidor. Se houver qualquer problema, como o roubo da carga, isso será registrado naquele código. E, caso esse produto chegue a uma drogaria, as vigilâncias sanitárias saberão”, explica Noberto Rech, diretor adjunto da Anvisa.
A idéia é desmontar quadrilhas que atuam no setor, durante megaoperações da Anvisa com as Polícias Federal e Rodoviária. “Nosso plano é que cada farmácia tenha uma máquina em que não só o funcionário, mas os clientes possam conferir a origem dos medicamentos”, diz Noberto.
A técnica pode ajudar ainda na localização de medicamentos com erros de fabricação, por exemplo. “Hoje, quando ocorre um problema, a Anvisa entra em contato com o laboratório, que informa quais distribuidores receberam os lotes. E os distribuidores informam o destino final. Com o rastreador, a Anvisa consegue ver diretamente no computador o destino final do medicamento”.
Noberto lembra que a falsificação de remédio é crime hediondo. O crime inclui desde remédios contra disfunção até produtos oncológicos — no ano passado, a Anvisa descobriu que o Glivec, um remédio contra câncer, estava sendo falsificado.
DICAS: EVITE A PIRATARIA
Só compre medicamentos em farmácias e drogarias. Atenção a promoções: preços muito baixos podem indicar que o remédio tem origem duvidosa ou até mesmo pode ser produto roubado.
Exija a nota fiscal. Guarde a nota fiscal, a embalagem e a cartela ou frasco. Eles são seu comprovante, em caso de problemas.
Se o medicamento deixar de fazer efeito, procure imediatamente o médico.
Não compre remédios com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que soltam facilmente ou que estejam apagados ou borrados.
Se você costuma usar um medicamento, ao comprar uma caixa não deixe de verificar se a embalagem mudou de cor, de formato, ou se o tamanho das letras no nome do produto foi alterado. Veja também se o sabor mudou.
A bula do medicamento não pode ser uma fotocópia. Se não for a original, não aceite o produto.
As embalagens dos medicamentos possuem um símbolo, que ao serem raspados, tal como as raspadinhas lotéricas, expõem a palavra ‘qualidade’ e a logomarca do fabricante.
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