12.05.2008

Fibromialgia- novidades e comentários sobre a doença


Fibromialgia

Conheça os sinais de alerta de uma doença que afecta, sobretudo, mulheres entre os 20e os 50 anos.


O que é a fibromialgia?

É uma síndrome musculoesquelética crónica, não inflamatória e de causa desconhecida. Está na origem de uma incapacidade física e emocional, por vezes grave, que atinge cerca de dois por cento da população.

Origina dor generalizada nos tecidos moles (músculos, ligamentos ou tendões), mas não afecta as articulações e os ossos.

Quais são os factores de risco?

Género - as mulheres são cinco a nove vezes mais afectadas do que os homens;
Idade – inicia-se entre os 20 e os 50 anos, sobretudo, embora também possa afectar crianças e jovens em idade escolar.
Quais são os sintomas?

Dores generalizadas, fadiga, alterações quantitativas e qualitativas do sono e perturbações cognitivas.

Como se diagnostica?

O diagnóstico é essencialmente clínico, servindo os meios complementares de diagnóstico para excluir outras doenças. Assenta, sobretudo, na presença de:

Dor musculoesquelética generalizada, ou seja, abaixo e acima da cintura e nas metades esquerda e direita do corpo;
Dor com mais de três meses de duração;
Existência de pontos dolorosos à pressão digital em áreas simétricas do corpo e com localização bem estabelecida.
Deve ser feito o diagnóstico diferencial com doenças reumáticas inflamatórias, disfunção tiroideia e patologia muscular.

Quais são os factores de risco?

São bastante amplos. Vão desde os associados com o estado de dor crónica generalizada (idade, sexo, etc.), às características da personalidade pró-dolorosa (perfeccionismo compulsivo, incapacidade de relaxamento e desfrute da vida, incapacidade para lidar com situações hostis, etc.).

Os sinais de alerta para o desenvolvimento da doença são:

História familiar da doença;
Síndroma dolorosa prévia;
Preocupação com o prognóstico de outras doenças coexistentes;
Traumatismo vertebral, especialmente cervical;
Incapacidade para lidar com adversidades;
História de depressão/ansiedade;
Sintomas persistentes de “virose”;
Alterações do sono;
Disfunção emocional significativa;
Dor relacionada com a prática da profissão.
O conhecimento destes sinais de alerta torna possível a intervenção precoce e a prevenção, evitando o agravamento da doença e o desenvolvimento de complicações.

Como é que se trata a fibromialgia?

Deve ser tratada na rede de cuidados primários de saúde (centros de saúde).

O prognóstico da doença é habitualmente bom.

Os medicamentos usados com mais eficácia são os analgésicos, os antidepressivos tricíclicos e os inibidores selectivos de recaptação da serotonina, os relaxantes musculares e os indutores do sono.

A prática regular de exercício físico também é indicada.

Por vezes são necessárias outras formas terapêuticas, bem como a intervenção da reumatologia, psiquiatria e outras especialidades médicas ou diferentes profissionais de saúde.

É uma doença que requer acompanhamento médico e avaliações periódicas relativamente à evolução das queixas e aos eventuais efeitos adversos da terapêutica. O acompanhamento depende da gravidade da fibromialgia e de outras doenças associadas.

Polêmica entre pacientes, médicos e profissionais da saúde, a fibromialgia tem sido consideravelmente diagnosticada em todo mundo e nas mais diversas especialidades científicas. Não se trata especificamente de uma doença, mas sim de uma síndrome que engloba uma série de sintomas em partes distintas do organismo. Seu método de diagnóstico não é preciso, o que faz com que ela não seja compreendida por muitos, inclusive por alguns agentes da saúde.

Para subsidiar a atuação profissional nesses casos, o autor dr. José Knoplich reuniu um extenso e detalhado estudo na obra Fibromialgia: Dor e Fadiga. É o fruto de pesquisas realizadas ao longo de quarenta anos, analisando os fatores sociais e psicossomáticos das doenças, das dores em geral e da coluna.

A fibromialgia é um distúrbio de sensibilidade à dor, que está relacionado a uma ou mais substâncias presentes no cérebro, denominadas neurotransmissores. São substâncias difíceis de medir e com diversas variações, o que dificulta o conhecimento. Além disso, seu diagnóstico é baseado na procura de onze pontos positivos dos dezoito estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia e pelo Centro Americano de Controle das Doenças. Ou seja, não é um método que possa ser comprovado por exames, como hemograma, ultra-som, radiografia, ressonância magnética etc.

A sensação de dor pode estar ligada a componentes emocionais, o que dificulta o trabalho do médico, uma vez que, em muitos casos, o paciente hesita em aderir ao tratamento antidepressivo. Com essas barreiras fica clara a necessidade de mais estudos sobre o tema. Por essa razão, o autor traz nesta edição mais opções de tratamento, principalmente com exercícios e novas formas de psicoterapia.
José Knoplich

Novidade para dor em Fibromialgia
Aconteceu, em Washington, DC, o encontro científico anual do American College of Rheumatology, e nesse evento, foi divulgado um estudo realizado pela Universidade do Kentucky, sobre a eficiência do uso do medicamento pregabalin (Lyrica) (usada em epilepsia e dores neuropáticas) para aliviar as dores na fibromialgia.

Foram oferecidas, a 1.051 participantes com fibromialgia, três doses da droga por seis semanas. No começo do estudo, eles tinham um grau de dor de 78 numa escala até 100.

Segundo os autores do estudo, mais de 60% dos participantes afirmaram ter tido uma grande diminuição de 50% na dor. Numa segunda fase, os pesquisadores selecionaram 566 desses pacientes num novo estudo de 26 semanas (um dos mais longos conduzidos até hoje), desenvolvido de forma a determinar a duração do alívio da dor, com o uso do medicamento. Metade recebeu o medicamento, metade recebeu placebo.

Um quarto dos pacientes tratados com pregabalin teve piora nas dores já no sétimo dia do estudo, comparado com os que receberam o medicamento e cuja piora só aconteceu no 34o dia. No final desse segundo estudo, pesquisadores constataram que 61% dos que receberam placebo tiveram a dor de volta, em comparação com 32% dos que tomaram pregabalin.

Os efeitos colaterais mais comuns, no uso do pregabalin são tontura, sonolência, sinusite, dores nas articulações e ansiedade.

Eu não tomo nenhum analgésico. Fibromialgia é uma condição crônica, tomar um medicamento agora, significa que com o tempo ele perde o efeito e precisa aumentar a dose, então, prefiro evitar e só tomar se, um dia não houver outra forma de controle da dor. Mas, é muito bom saber que existem possibilidades no mercado.

O que me faz bem mesmo é manter o bom humor, não me sentir “doente”, reconhecer o que existe de bom na vida, não pensar nas dores, tomar minhas vitaminas, me alimentar muito bem e tentar me exercitar o máximo que posso. Sei que a acupuntura ajuda muito, também, mas estou guardando como opção para quando precisar de um tratamento mais forte.

Com isso, acho que tenho mantido as dores sob controle. Algumas vezes dói mais, mas sei que é uma “crise” e que vai passar, acho que estou muito bem, em relação ao que vejo por aí.

Pregabalin Proves Durable Pain Relief Option For Fibromyalgia

Comentarios:
E interessante como drogas para epilepsia estao sendo usadas para o tratamento de outros disturbios tambem. Eu sofro de enxaqueca, e ha menos de um ano atras terminei um tratamento de dois anos com o Topamax, remedio usado no tratamento de epilepsia. Minhas crises reduziram consideravelmente, mas o tratamento nao foi facil. Muitos efeitos colaterais chatinhos, que depois de um tempo nao fazem mais valer o esforco…

Sabia que anti-depressivos em doses light eram ótimos para tratamento de FMS. Só que eu não posso usar nenhum anti-depressivo pois tenho bipolaridade mais pra up que pra down e qq remedinho me tira do sério. Não bebo, não uso nada que me tire do sério.

São ruídos, barulhos, multidões e multidinhas que me fazem mal. Luz excessiva. Acho que em breve os americanos vão descobrir quais as sinapses que induzem a FMS e quais remédios podem faze-la sumir. Hoje em dia não tomo nada para FMS. Tinha preconceito re. acupuntura mas vou voltar. É bom demais.

Estou numa crise horrível da fibromialgia, estou me sentindo péssima, desanimada, triste, e sem o menor estímulo para viver. Estou com dores insuportáveis e não aguento mais…
Estou fazendo buscas para tentar me ajudar, mas ta difícil…
Preciso de ajuda, preciso muito

Sou um dos mais de trezentos mil Portugueses que sofre de Fibromialgia.É uma doença que dos musculos e ligamentos da qual não se sabe muito e provoca um sofrimento fisico e psiquico terrivel. Ajudem-nos a divulgar esta doença!

PS. NÃO SE AUTOMEDIQUE

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