2.13.2009

Alerta sobre vitaminas


Pesquisas mostram que complexos em excesso ou sem orientação podem não suprir carências ou até causar doenças congênitas

Indicados para suprir carências alimentares e proporcionar bem-estar ao paciente, os complexos vitamínicos podem causar efeitos adversos à saúde. Pesquisas norte-americana e holandesa apontam que, em determinados casos, os suplementos, além de não evitarem problemas cardiovasculares, podem até gerar doenças congênitas.

Após acompanhar 160 mil mulheres desde 2003, estudo do Albert Einstein College de Nova York demonstrou que a suplementação vitamínica não previne doença cardiovascular e câncer na fase pós-menopausa.

O objetivo do estudo era descobrir a relação entre o consumo de suplementos vitamínicos e o aparecimento de tumores malignos ou problemas cardiovasculares. Após oito anos de estudos, pesquisadores afirmam não haver associação positiva ou negativa entre vitaminas e câncer, infartos do coração e acidentes vasculares cerebrais.

Já o trabalho desenvolvido na Holanda alerta para o consumo excessivo de vitamina E durante a gravidez. De acordo com cientistas, a ingestão do complexo no período gestacional pode aumentar em até nove vezes o risco de doença cardíaca congênita no feto.

Os pesquisadores compararam os registros dietéticos de 300 mães de bebês que nasceram com problemas cardíacos com o mesmo número de mães de crianças saudáveis. O consumo de vitamina E era maior no grupo de crianças com problemas.

Para a nutróloga Tamara Mazaracki, quando receitados por profissionais, os complexos vitamínicos não oferecem mal à saúde. Tamara explica que as vitaminas devem ser consumidas de acordo com a necessidade específica de cada paciente e que, dificilmente, será receitado um único tipo de vitamina, pois isso poderia “desestabilizar o equilíbrio corporal”. Ainda segundo Tamara, é fundamental que o especialista acompanhe o paciente e fique atento às reações do corpo dele.

“Se forem de má qualidade e ingeridos em quantidades absurdas, podem prejudicar a saúde do paciente, inclusive a do bebê, se a mulher tomar na gravidez”, alerta. As vitaminas têm ação antioxidante, mas não impedem que a pessoa tenha determinadas doenças”

O Dia

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