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2.11.2009
Operação Nocaute do Ministério Público Federal prende traficantes de drogas sintéticas
Operação da PF contra traficantes de classe média já tem 40 presos no Rio
A Polícia Federal confirmou nesta quarta-feira a prisão de 40 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas sintéticas que agia junto à classe média do Rio. Mais 11 pessoas foram detidas em outros estados, nas operações Trilha e Nocaute.
Na Operação Nocaute foram 36 mandados de prisão. Até agora, 32 foram presos, sendo que 28 no Rio. Faltam quatro. Na Operação Trilha, total de 22 mandados de prisão, dos quais 19 foram cumpridos (12 presos no Rio). Faltam três a serem presos.
Segundo a corporação, o lucro da quadrilha com o envio de "mulas" com cocaína para a Europa e a importação de ecstasy chegava a R$ 1 milhão por mês.
As quadrilhas agiam ainda em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e no Distrito Federal. O objetivo da operação é cumprir um total de 70 mandados de prisão e de busca e apreensão. Até agora foram 51 presos.
Dois jovens de classe média alta foram detidos em casa no início da manhã em bairros do Rio. Um dos jovens, preso em Vila Isabel, na zona norte da cidade, também teve a moto apreendida. O outro, que segundo os agentes, é conhecido como Greg, foi preso na cobertura onde mora, na Lagoa, zona sul do Rio. Com ele foram apreendidos documentos e uma TV de plasma. Embora ainda não haja confirmação da Polícia Federal, outras 13 pessoas também já teriam sido presas e levadas para a superintendência do órgão, na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro.
Em nota, a Polícia Federal informou que as duas operações, que receberam os nomes de Nocaute e Trilha Albis, tem o mesmo objetivo, mas que foram desmembradas, porque as investigações são feitas em dois inquéritos. As operações serão detalhadas em entrevista coletiva ainda nesta manhã na Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
As investigações
As investigações foram feitas em conjunto entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Os agentes descobriram uma grande associação entre quadrilhas de traficantes no Rio, com ramificações em Niterói. As drogas sintéticas eram as especialidades das quadrilhas. Entre elas o ecstasy, LSD, lança-perfume e haxixe. Os mesmos traficantes estariam atuando também em outros estados e no exterior.
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ofereceu denúncia à Justiça contra vários acusados, cerca de 70 pessoas, por tráfico internacional de drogas.
A operação
Os policiais federais saíram da sede, na Praça Mauá, por volta de 5h45m e se dividiram em comboios. Um deles, composto por 7 agentes em duas viaturas, partiu para a Rua 8 de Dezembro, 375, fundos, em Vila Isabel, para cumprir um mandado de busca e prisão.
Ao chegarem no endereço, um condomínio de classe média, entraram pelo portão da garagem e cercaram as entradas e saídas do prédio. Os policiais revistaram o apartamento do acusado por cerca de 1 hora e prenderam um jovem, de cerca de 25 anos, que saiu algemado.
Uma moto foi apreendida no local. Os policiais também saíram do apartamento com um malote. De acordo com o síndico do prédio, o advogado Manoel Messias Porto, 69 anos, que acompanhou a ação a pedido dos agentes, o jovem estava acordado e não reagiu a prisão. Ele mora com os pais e uma irmã e, segundo Manoel, a mãe do acusado entrou em estado de choque ao saber o motivo da operação. De lá, o jovem seguiu para a sede da PF.
Prisões e apreensões
Por volta das 9h30, os agentes prenderam em um prédio na Lagoa, o suspeito Henrique Dornelles Forni. Ele é apontado pela PF como fornecedor de drogas sintéticas na Região da Zona Sul da cidade do Rio.
No local, duas motos e dois cofres foram apreendidos. Pela manhã, foram apreeendidos 86.700 comprimidos de ecstasy, 61.900 micro-pontos de LSD, 1.802 gramas de skunk, 5.215 gramas de cocaína, 730 gramas de haxixe e 60 gramas de maconha.
O objetivo da operação Trilha é cumprir cerca de 28 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, e mais 3 estados por ordem do Juiz Gilson David, da 8ª Vara Federal no Rio de Janeiro. Além das prisões estão sendo providenciadas bloqueios de imóveis e carros de luxo, além de diversas contas bancárias.
Os acusados vão responder por tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, e podem cumprir penas que variam de oito a 30 anos de prisão.
Na operação Nocaute, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia e pediu a prisão preventiva de vários envolvidos pelos crimes de tráfico internacional e interestadual de entorpecentes e associação para o tráfico. Os mandados de prisão, busca e apreensão foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Fonte: O Dia
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