28/06/2009
Metade das pessoas que sofrem infarto morrem antes de serem atendidas.
A doença cardiovascular é a principal causa de novas internações e de mortalidade no Brasil e nos países desenvolvidos, segundo o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (InCor).
É um tipo de dado surpreendente e silencioso porque, muitas vezes, se pensa que o traumatismo, os cân-ceres e doenças infectocontagiosas sejam a principal causa de mortalidade. Mas, a doença cardiovascular é a principal causa. Gomes explica que cerca de 50% dos pacientes que sofrem um infarto agudo do miocárdio não chegam vivos a um hospital. Por isso, há necessidade de novas terapias, abordagens dinâmicas e mais rápidas em relação a esses casos, que possibilitem salvar vidas, com um atendimento precoce a esse tipo de pacientes. Com essa finalidade, foi desenvolvido o projeto Treinamento Integrado em Medicina de Emergência (Time), de capacitação de profissionais de saúde em todo o País, numa parceria doInCor com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, além de instituições educacionais do Rio de Janeiro e São Paulo. Há 40 anos, o maior fator de mortalidade no País eram as doenças infecciosas. Atualmente, ainda há bolsões de pobreza onde ocorrem doenças infectocontagiosas, mas elas não são a causa maior de morte. Também a média de vida do brasileiro aumentou de cerca de 65 anos, registrada há 15 anos, para aproximadamente 72 anos nos dias atuais. O Time já passou neste ano pelas cidades de Santo André, São Paulo e Campinas (SP), Dourados (MS) e Manaus (AM). Agora, ele está no Rio de Janeiro, onde terá dez edições com turmas de 30 alunos. A programação de 2009 prevê que o projeto passe ainda pelas cidades de Porto Alegre (RS), Sorocaba (SP), Recife (PE), Curitiba (PR), Brasília (DF), Rio Branco (AC), Natal (RN), Botucatu (SP), São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG), retornando também a São Paulo.
RECICLAGEM - O cardiologista do InCor explicou que o objetivo principal do projeto é reciclar os profissionais de saúde, de tal maneira que eles possam dar um atendimento mais rápido aos pacientes. E agindo da maneira correta, eles vão prevenir não somente o infarto, mas também sequelas que advêm de um infarto agudo do miocárdio, por exemplo, que não é tratado precocemente. O número de internações de pacientes que sofreram um infarto no Brasil aumentou 65% no período de 1998 a 2005, subindo de 119 mil para 196 mil, de acordo como Ministério da Saúde. A incidência de infarto tem sido crescente no País, afirma o especialista. Outra curiosidade observada pelos médicos em relação doença é que, ao contrário do que ocorria no passado, o infarto não está relacionado mais às pessoas idosas ou aposentadas. Indivíduos cada vez mais jovens sofrem de infarto agudo do miocárdio e necessitam de tratamento adequado, afirma o médico Everton Gomes. SAIBA + - Principais fatores que predispõem a pessoa a ter um infarto: vida sedentária, alimentação industrializada rica em gorduras e tabagismo. Os especialistas constatam que a sociedade brasileira está se parecendo com as sociedades do Primeiro Mundo em costumes prejudiciais à saúde.
A população brasileira teve grande transformação.
Fonte: Jornal de Brasília - Portal Médico
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