9.06.2009

Pfizer é multada em US$ 2,3 bilhões por irregularidade na venda de remédios

secretário de Justiça, Thomas Perelli anuncia a multa



WASHINGTON - A Pfizer, maior indústria farmacêutica do mundo, terá que pagar uma multa recorde de US$ 2,3 bilhões, como parte de um acordo extrajudicial, depois de ser alvo de processos civis e criminais pela forma como divulgou e comercializou alguns medicamentos, informou nesta quarta-feira o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.


- Combater as fraudes com os produtos médicos é uma das prioridades máximas deste governo - disse o secretário de Justiça, Thomas Perelli, ao anunciar o acordo com a empresa.

Segundo ele, este é um exemplo de como o departamento "pode ajudar o público americano quando os recursos são escassos e os custos dos cuidados médicos são altos".

O valor do acordo é o maior já pago por uma empresa farmacêutica por suposta violação de normas sobre medicamentos. O governo dos EUA explicou que a punição é resultado da promoção, por parte da Pfizer, de remédios, entre eles o analgésico Bextra, para uso com finalidades diferentes daquelas que foram aprovadas pelo órgão que regula o mercado de drogas e alimentos nos Estados Unidos, o FDA.

O uso de drogas no chamado "fora da posologia' para tratar outras indicações médicas não é incomum, porém os fabricantes são proibidos de divulgar no mercado utilizações diferentes daquelas aprovadas pelo FDA.

Uma filial da Pfizer, a Pharmacia and Upjohn Inc, adquirida em 2003, concordou em se declarar culpada pelo delito de uso indevido da posologia.

- Estes acordos encerram problemas legais importantes e nos ajudam a nos concentrar naquilo que fazemos de melhor: descobrir, desenvolver e lançar no mercado medicamentos inovadores para tratar os pacientes e algumas das doenças mais debilitantes do mundo - disse a vice-presidente e assessora legal da Pfizer, Amy. W. Schulman.
Fonte: O Globo

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