11.28.2009

Substância cancerígena está no ar e na banana, diz fabricante de refrigerantes

Substância cancerígena está no ar e na banana, diz fabricante de refrigerantes

Questionada sobre a presença de benzeno (potencialmente cancerígeno) --investigada pelo Ministério Público Federal-- nos refrigerantes Fanta Laranja, Fanta Laranja Light e Sprite Zero, a Coca-Cola afirmou que age dentro da legalidade e que uma quantidade mínima da substância é proveniente de alimentos.

Governo passará a analisar refrigerantes
Ministério Público testará bebidas para investigação
Sete refrigerantes têm substância cancerígena

"A presença eventual de benzeno em bebidas e alimentos pode ocorrer em níveis muito baixos", diz a empresa, e "não representa uma fonte significativa que possa afetar a saúde".

"A própria legislação brasileira admite como segura para consumo a água de abastecimento público com níveis de benzeno de até 5 ppb (partes por bilhão). Banana (11 a 132 ppb), manteiga de amendoim (2 a 25 ppb) e abacate (3 a 30 ppb) podem conter benzeno em níveis superiores aos encontrados na água e outras bebidas", considera a companhia.

"A posição de diversos órgãos, incluindo a FDA dos EUA, o Comitê do Codex Alimentarius em Contaminantes, a Food Standard Agency do Reino Unido e a União Europeia, é de que a principal forma de exposição do ser humano ao benzeno é através do próprio ar. Isto porque o benzeno é formado em muito maiores quantidades na combustão da gasolina, do óleo diesel, além de outras fontes. Assim, respiramos pequenas quantidades de benzeno diariamente, nas vias urbanas onde haja circulação de veículos. Alimentos e bebidas são responsáveis por menos de 5% da exposição total do ser humano ao benzeno."

Os corantes, segundo a empresa, estão devidamente descritos na rotulagem dos produtos.

A Ambev, que produz a Sukita, afirma que não teve acesso à pesquisa e portanto não pode comentá-la. "A companhia reforça, no entanto, que trabalha sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira",

Folha Online

Nenhum comentário: