1.12.2010

VIVA O SOL COM PROTEÇAO SOLAR


Proteção solar é um assunto de extrema importância para a saúde e beleza da pele. Eu sou ultra-preocupada e morro de medo de ter qualquer coisa estranha! E sei que tenho agravantes: eu adoro sol, praia e mar, e faço esportes outdoor muitas vezes em horários perigosos. Além de tudo isso, minha pele é muito seca, é difícil ela descascar ou ficar . E bronzeia muito rápido.

Muitos consideram a minha pele boa para o sol (e até invejável) e eu gosto que ela seja assim. O problema é que eu não consigo mensurar o limite saudável de exposição ao sol ou se o filtro solar que estou usando é o mais recomendado para mim somente pela reação dela.

Já apanhei muito na adolescência por isso (lembro até hoje as experiências com Quadriderme e Xilocaína). Aos poucos, entendi a minha pele e desenvolvi um método de proteção solar, baseado naquilo que minha dermatologista recomendou. Divido em três partes: dia-a-dia, praia e prática de esportes.

Para o dia-a-dia, a coisa é simples. Uso um protetor solar no rosto, com FPS 30 e à base de água, todas as manhãs. Não ouso colocar meu nariz para fora de casa sem ele. Na praia, sigo aquelas instruções básicas: protetor solar, FPS 15 ou 20, no corpo inteiro antes de sair de casa; FPS 30 no rosto junto com uma viseira ou boné (detesto tomar sol no rosto); e protetor labial.

Agora o complicado, e ainda não solucionado, é a proteção solar durante a prática de esportes ao ar livre. Pessoas que correm longas distâncias são prejudicadas pelo sol de qualquer forma. Geralmente, os treinos e as competições invadem o horário mais perigoso do sol; o atleta transpira demais, joga água no rosto e no corpo para amenizar o calor e não há tempo para parar e reaplicar o protetor solar. Pensando nisso, muitas empresas desenvolveram pequenos estojos com protetor em pasta que são presos no tênis ou na cintura. Funciona bem para o rosto durante o treino, mas durante as competições e no resto do corpo a coisa complica. Existem roupas com proteção UV, mas são um pouco desconfortáveis para quem corre no verão do Brasil.

O que eu faço: saio de casa com filtro solar FPS 30 ou 60 no corpo e no rosto. Somado a isso, procuro ir bem cedo, sempre pela sombra, uso boné, óculos escuros com proteção UV, camiseta… Mesmo assim, depois de 1 hora de corrida ou duas de bike, chego em casa com a marca do top e do shorts – aliás, permanentes no meu corpo. Para contrabalancear, vou sempre ao dermatologista. Então, se surgir algo, ao menos será diagnosticado cedo!

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Proteja as crianças do Sol
Redobre os cuidados na praia


“Quanto mais cedo se começar a usar óculos de sol, mais fácil se torna a habituação ao seu uso.”, Mário Cordeiro




Aos nove meses de idade a pequena Carlota foi pela primeira vez à praia. “Já passava das 18 horas quando finalmente chegámos ao areal e mesmo assim ela foi toda besuntada com protector solar factor 50”, relembra a mãe. “Além disso, também levava um chapéu de abas largas e uns óculos de sol, que tirou rapidamente para ver melhor e enquanto estivemos na praia mantive-lhe sempre a t-shirt vestida. Sentei-a numa toalha, mas como ela tinha começado a gatinhar uma semana antes, o reflexo foi colocar-se logo em posição de gatinhar, mas assim que pôs as mãos na areia voltou a sentar-se, com um ar enjoada a olhar para as mãos cheias de areia e a tentar sacudi-las. Poucos segundos depois fez uma segunda investida à areia e desta vez demorou cerca de cinco minutos a gostar da ideia de ter areia nas mãos. A partir daí foi vê-la gatinhar pela praia fora.” De acordo com a maior parte dos especialistas, os bebés não devem ser expostos às radiações solares, sobretudo na praia, antes dos seis meses de idade, porque a sua pele é ainda muito fina e delicada. “A pele do bebé é extremamente sensível e os raios ultravioletas (UV) estão cada vez mais fortes, até porque o Sol entrou numa fase de hiperactividade”, explica o pediatra Mário Cordeiro, salientando a necessidade de proteger correctamente toda a pele do bebé da radiação ultravioleta, não só na praia, mas também na cidade ou no campo. Em qualquer um destes casos “é fundamental que o bebé use uma t-shirt e um chapéu de abas largas e esteja devidamente protegido com creme protector factor 50, o qual deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes de sair de casa e depois reaplicado várias vezes ao longo do dia e da exposição solar. A hidratação dos mais pequenos é outro dos aspectos que não pode ser descurado, cabendo aos pais a responsabilidade de ao longo do dia ir oferecendo água aos filhos. Por fim, nunca é demais relembrar a importância de se fugir de situações em que a luz está muito branca, sendo este um indicador de elevada radiação”, adianta o pediatra, acrescentando que “nos dias em que estão nuvens brancas, por exemplo, as radiações são superiores porque batem no chão e fazem ‘pingue-pongue’ nas nuvens, acumulando-se”. Igualmente importante é o uso de óculos de sol a partir dos dois meses de idade, com protecção adequada contra os raios UV. “Os efeitos da radiação ultravioleta são cumulativos, ou seja, nos primeiros 15 anos de vida, vão-se somando”, relembra Mário Cordeiro. Po9r isso, “quanto mais cedo se começar a usar óculos de sol, mais fácil se torna a habituação ao seu uso e menos radiação se vai acumulando”, lembra o pediatra que deixa ainda uma estratégia aos pais. “Depois dos seis meses de idade, experimente expor a criança à luz forte e depois brinque com ela colocando-lhe e tirando-lhe os óculos sucessivamente, para que ela se vá apercebendo da mais-valia que constituem”. Para além de todos estes conselhos nunca é demais relembrar que permanecer na praia entre as 11 e as 17 horas é totalmente desaconselhado, não só no caso das crianças, mas também no dos adultos, uma vez que é durante este período que o calor mais se faz sentir, podendo provocar desidratação e também queimaduras solares mais ou menos graves. Apesar destas informações serem veiculadas anualmente pelas autoridades competentes, a verdade é que os portugueses ainda se expõem demasiado ao Sol e com protecção insuficiente. Para Osvaldo Correia, dermatologista e secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), apesar de haver já alguma informação sobre os horários indicados para exposição ao Sol, “ainda se assiste a exposições prolongadas, em períodos incorrectos e com protecção insuficiente”, não só na praia mas em todas as actividades ao ar livre. Para este especialista, “a população portuguesa tem já um nível de conhecimento e alerta bastante significativo em relação aos cuidados a ter com o Sol”, mas ainda descura alguns aspectos. É o caso do uso do vestuário que, refere, tem que ser estimulado. “A face, o decote e os ombros estão particularmente vulneráveis à radiação solar, daí serem dos locais mais frequentes de envelhecimento cutâneo e de localização de cancros da pele, pelo que têm que ser protegidos com vestuário adequado”, explica Osvaldo Correia, hábitos que são essenciais para prevenir o cancro cutâneo, uma prevenção que deve ser feita desde sempre, porque a pele memoriza, ao longo da vida, todas as agressões às quais vai sendo sujeita.

Em caso de queimadura: o que fazer?
Se estiver na praia e notar que a pele da criança apresenta sinais de queimadura deve retirá-la imediatamente do Sol, dar-lhe banho com água tépida e água em abundância para não desidratar e passar-lhe creme hidratante por todo o corpo. Para evitar a dor, pode optar por lhe dar um analgésico e, nos dias seguintes, deve evitar a exposição solar para deixar a pele acalmar. Além da aplicação de creme hidratante, pode aplicar também compressas de leite frio que ajudam a aliviar os sintomas. No caso de a queimadura ser mais grave é indispensável consultar um médico, tal como se surgirem sintomas típicos de uma insolação, nomeadamente desidratação, dor de cabeça, tonturas, vertigens, vómitos, falta de ar, aumento da temperatura corporal ou bolhas. Neste caso é obrigatória a consulta de um médico e a ingestão de muitos líquidos, sempre à temperatura ambiente.

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