Mudanças na composição dos cigarros e o tabagismo são os responsáveis pelo aumento de casos na população feminina
Com mais mulheres fumando, o tabagismo se tornou a principal causa de câncer de bexiga entre a população feminina (Thinkstock) Estudos prévios atribuíam ao tabaco apenas entre 20% e 30% dos casos de tumor na bexiga entre as mulheres. O estudo apresentado nesta terça-feira mostra que, na verdade, de 52% dos casos de câncer de bexiga entre as mulheres tem como causa o hábito de fumar. Entre os homens o índice se manteve estável nos últimos anos: 50%. "Esta associação crescente entre o fumo e o câncer de bexiga deve-se às mudanças na composição dos cigarros e ao tabagismo", disse o coordenador do estudo, Neal Freedman, da divisão de epidemiologia e genética do NCI.
O levantamento foi elaborado com dados de mais de 450.000 pessoas em um estudo sobre saúde e dieta nos Estados Unidos, obtidos mediante questionários realizados entre 1995 e 2006. Com isso, os cientistas comprovaram que os fumantes têm quatro vezes mais possibilidades de desenvolver câncer de bexiga que um não-fumante.
Composição tóxica — Nos últimos 50 anos os fabricantes reduziram o alcatrão e a nicotina nos cigarros, mas aumentaram os níveis de toxinas específicas como o beta-naftilamina, um conhecido agente cancerígeno para a bexiga.
Mais de 350.000 pessoas são diagnosticadas com câncer de bexiga no mundo anualmente. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima que tenham havido 13.110 novos casos em 2009 e 2.821 mortes em 2008, sendo 1.967 homens e 854 mulheres.
O fato de que a incidência deste tipo de câncer nos EUA ter se mantido relativamente estável nos últimos 30 anos, apesar da diminuição geral do hábito de fumar, mostra que o risco é cada vez maior para os consumidores de tabaco, assinala o estudo.
(Com Agência EFE e France-Presse)
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