Condição que forma depressão na superfície das nádegas, a retração glútea pode ser solucionada com o auxílio da medicina.
Com o
verão se aproximando, o sonho de ter o bumbum
perfeito vem ainda mais à
tona – mas nem sempre é fácil conquistar
esse tão desejado objetivo. Em alguns casos, a boa
alimentação aliada aos exercícios
físicos não são o suficiente para
chegar ao resultado esperado, e isso se torna ainda mais difícil para pessoas que
sofrem com problemas pré estabelecidos, como a retração glútea.
A retração glútea é uma
depressão na superfície das nádegas que
pode ser causada por inúmeros problemas, desde
alterações patológicas no tecido
subcutâneo, até alterações no
músculo ou atrofias. “A maior parte das
retrações glúteas são
caracterizadas por pequenas depressões, pouco
aparentes, frequentemente múltiplas, no terço
inferior da nádega, mas, em algum casos, podem ser
severas e vir acompanhadas de fibroses e atrofias
acentuadas, com grande prejuízo estético e
até funcional”.
Processos inflamatórios causados
por infecções na infância explicam a
maior parte dos casos das retrações.
“Porém, alterações encontradas
dentro da musculatura aparentam ter um caráter
congênito, já que é comum que haja
comprometimento bilateral padrão idêntico em
ambos os lados, o que dificilmente seria ocasionado por
infecções”, que
lembra que, apesar de ainda não existir uma
explicação convincente até o momento, o
problema da retração
glútea é algo raro no
sexo masculino.
As
retrações são classificadas em quatro
grupos, levando-se em conta qual a estrutura comprometida:
subcutâneo, fáscia ou músculo. Esses
três primeiros têm sinais particulares no exame
físico, o que facilita a identificação
de cada um. No quarto grupo são agrupadas as
diferentes associações entre os tipos, e os
sinais encontrados no exame físico de cada um se
apresentam combinados, além disso, todos os tipos
podem ser uni ou bilaterais.
Essa
classificação auxilia na hora de diagnosticar
corretamente o tipo e a localização do
problema, definindo a abordagem a ser realizada e permitindo
uma compreensível orientação do caminho
a ser tomado. A partir disso, o tratamento é feito
conforme a classificação em que cada caso se
enquadra - por isso é importante diagnosticar
previamente o tipo de lesão.
Segundo
Pacheco, os tratamentos podem ser feitos por meio de
lipoenxertia ou de liberação das fibroses,
dependendo dos casos. “A lipoenxertia é feita
nos casos de atrofia, e a liberação das
fibroses no caso de retração fibrótica.
Além disso, quando trata-se de um caso de retração mista, os
procedimentos podem ser usados em conjunto”.
A
técnica de lipoenxertia resume-se a
lipoaspiração e coleta de gordura, que depois
deve ser injetada no local desejado. “Mas sempre
lembro que podem ser necessárias múltiplas
sessões de lipoenxertia, já que nem sempre
é possível injetar a quantidade suficiente
para corrigir o defeito em uma única sessão
– e o médico deve deixar isso esclarecido
previamente para o paciente”.
Já a técnica de
liberação da fibrose é indicada nos
casos de menor dimensão. “O processo é
feito com uma agulha de grosso calibre, liberando as
fibroses com a ponta da agulha, em movimentos paralelos a
pele. Porém, é preciso cuidado, pois se
há a liberação exagerada da pele,
é possível que haja uma perda de
conexão da derme com o subcutâneo, ocasionando
uma hipercorreção em forma de abaulamento, - e
isso sim é de difícil ajuste”.
O
período após os procedimentos exige repouso e
cuidados específicos. “Mas, no geral, é
preciso evitar ficar sentada por muito tempo e, dependendo
do procedimento, é recomendado utilizar fitas
modeladoras por dez dias, já que a forma que as
nádegas vão adquirir dependem muito dessa
modelagem”.
Alderson Luiz
Pacheco
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