Estão sendo apuradas irregularidades no Carf, no âmbito da Fazenda.
Nomes dos investigados, entretanto, não poderão ser informados.
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"Como a apuração administrativa terá prosseguimento por intermédio do
respectivo processo disciplinar, os nomes dos investigados não poderão
ser informados", informou o Ministério da Fazenda, por meio de nota à
imprensa.Ligado ao Ministério da Fazenda, o Carf é a última instância de recursos de processos administrativos que envolvem tributos federais administrados pela Receita Federal. Isso significa que o órgão pode, inclusive, anular multas aplicadas a empresas.
O caso investigado no processo administrativo disciplinar instaurado pela, acrescentou o governo, trata de negociações empreendidas para a realização de “pedido de vista” por conselheiro, com a promessa de vantagem econômica indevida, em processo administrativo fiscal cujo crédito tributário perfaz a monta de aproximadamente R$ 113 milhões, com atualização de setembro de 2014.
Operação Zelotes
A Operação Zelotes, deflagrada em março deste ano, apura suspeita de pagamento de propina para integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal. De acordo com a PF, são alvos da investigação, ao menos, 70 empresas, 15 escritórios de advocacia ou consultoria e 24 pessoas, entre as quais conselheiros e ex-conselheiros do Carf.
De acordo com as investigações, a quadrilha que atuava no Carf pode ter gerado um prejuízo de R$ 19 bilhões à Receita Federal a partir da anulação ou redução indevida de multas aplicadas pelo órgão, dos quais R$ 5,7 bilhões já estão comprovados.
O governo lembra que as investigações promovidas pela Corregedoria se iniciaram a partir do primeiro semestre de 2014, com a instauração de Sindicância Investigativa, e acrescentou que foram desenvolvidas em cooperação com o Ministério Público Federal, com a Coordenação Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal do Brasil e o com o Departamento de Polícia Federal.
"As apurações têm revelado a existência de um sistema ilegal de manipulação de julgamento de processos administrativos fiscais no Carf, mediante a atuação coordenada de conselheiros com agentes privados que agiram mutuamente com o objetivo de favorecer empresas em débito com a Administração Tributária", informou o Ministério da Fazenda.
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