Segundo Ishikawa
(1993), as vantagens do Controle da Qualidade Total em uma empresa
são muitas:
- ele oferece garantia de qualidade verdadeira. É possível obter-se qualidade a cada passo de cada processo, chegando a uma produção 100% livre de defeitos. Isto é conseguido pelo controle de processo. Não é suficiente apenas encontrar defeitos e falhas e corrigi-los, torna-se necessário determinar as causas que criam os defeitos e as falhas. O TQC auxilia os trabalhadores na identificação e remoção destas causas;
- o TQC abre canais de comunicação dentro da empresa, inundando-a com uma lufada de ar fresco. O TQC permite que as empresas descubram falhas antes que elas se tornem um desastre, pois todos estão acostumados a falar um com os outros de maneira mais franca, verdadeira e prestimosa;
- o TQC torna possível, para as divisões de projeto e fabricação de produtos, acompanhar, de forma eficiente e precisa, as constantes mudanças nos gostos e nas atitudes dos clientes para que os produtos possam ser fabricados atendendo consistentemente à preferência deles; e
- o TQC encoraja as mentes inquisidoras que podem detectar dados falsos. Ele pode ajudar a evitar que as empresas baseiem-se em números falsos de vendas e em números falsos de produção. “Conhecimento é poder, e isso é que oferece o TQC” (ISHIKAWA, 1993).
Já na década
de 80, os conhecimentos sobre Qualidade se difundiram e o crescimento
de países recém industrializados aumentou a
competitividade. As empresas japonesas, por exemplo, viram-se
ameaçadas por países como Coreia, Taiwan, Cingapura e
Hong-Kong, que possuíam alta tecnologia de produção
com mão-de-obra muito mais barata. Tornava-se necessário
antecipar as necessidades do cliente para conquistar um monopólio
momentâneo, até que outras empresas conquistassem tal
tecnologia. Esta nova fase na economia mundial, que agregava o
conceito de inovação à qualidade, foi definida
por Shiba et al. (1997) como adequação às
necessidades latentes. Destaca-se nesta fase a utilização
de métodos como o Quality Function Deployment (QFD) e
as Sete Novas Ferramentas do Planejamento da Qualidade.
Outro ponto de
destaque na história da Qualidade foi a criação
da família de normas ISO 9000 como forma de padronizar a
implantação de Sistemas de Gestão de Qualidade.
A International Organization for Standardization (ISO)
publicou a primeira versão desta família de normas em
1987. Com o intuito de
adequar as normas às exigências do mercado, três
novas versões foram publicadas: a primeira em 1994, a segunda
em 2000 e a terceira em 2008.
Atualmente, a
qualidade é um conceito extremamente importante, “conduzindo
empresas nos mercados nacionais e internacionais ao êxito e ao
crescimento” (FEINGENBAUM, 1994). É lógico que sendo
a qualidade um conceito dinâmico, ele ainda se expandirá
e agregará novos conceitos. Shiba et al. (1997), por exemplo,
acredita que os próximos valores a serem agregados pela
qualidade serão a cultura da organização e a
adequação ao ambiente global e social.
Assim, como se pode
observar pelo relato histórico, o conceito de qualidade foi
evoluindo e se tornando cada vez mais abrangente. De um simples
conceito de perfeição técnica na Revolução
Industrial, passou a agregar fatores como a adequação
aos padrões, as necessidades do cliente, a redução
dos custos de produção, a inovação e no
futuro passará a agregar novos valores. Conclui-se que
qualidade é um conceito cada vez mais amplo e as empresas que
desejam focá-la como fator estratégico deverão
estar aptas a compreender toda esta evolução histórica
(SHIBA et al., 1997).
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