Executiva se reuniu em São Paulo
Reunidos em São Paulo os integrantes da Executiva Nacional do PT, além de outras lideranças do partido, como presidentes de diretórios estaduais, deputados, representantes da Fundação Perseu Abramo, além de líderes de movimentos sociais discutiram o processo de impeachment contra a presidente Dilma. A reunião extraordinária havia sido convocada para decidir o destino do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), mas o impeachment roubou o foco da reunião.A Executiva do partido declarou que se manterá em estado permanente de mobilização na luta pelo mandato da presidente Dilma Roussef e que o processo de impedimento não tem qualquer embasamento jurídico.
"Claro que não é mais o assunto principal", afirmou o membro da Executiva, Carlos Árabe, integrante da corrente Mensagem ao Partido - segunda maior dentro do PT. Para Árabe, o PT vai tirar uma linha unificada de resposta ao pedido de impeachment que foi deferido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Vamos para a luta contra o golpe que é esse impeachment, pois não tem base legal e no fundo tem projetos de Brasil diferentes. Vamos mostrar a ilegalidade do golpe, porque se ele continuar vamos considerar como golpe", disse Árabe.
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A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores se reuniu nesta sexta-feira (4), na sede da legenda em São Paulo, para analisar o atual cenário político. Na pauta, a defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff e o apoio de movimentos sociais. Além disso, o PT também analisará a situação o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso semana passada no âmbito da Operação Lava Jato.
Na abertura da reunião, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, reforçou, que o PT travará a “batalha” da defesa da democracia e do mandato de Dilma.
“A defesa da democracia e do mandato conquistado pela presidenta Dilma Rousseff nas urnas é uma batalha que o Partido dos Trabalhadores travará de bom grado. Estamos dispostos a nos mobilizar e eu tenho certeza que isso é uma unanimidade do partido e dos movimentos sociais combativos”, afirmou.
Além de Rui Falcão, participaram do encontro os líderes do PT no Senado e na Câmara dos Deputados, Humberto Costa (PT-PE) e Sibá Machado (PT-AC); a vice-presidenta da legenda, Gleide Andrade; o presidente do PT de São Paulo, Emídio Souza; o secretário de Comunicação da sigla, Alberto Cantalice; entre outros.
O dirigente disse ainda que vai defender que o partido intensifique a pressão pela saída de Cunha da presidência da Câmara. "Quem lidera esse golpe é um cara sobre o qual, hoje, não restam dúvidas de sua condição moral."
Os três integrantes do PT no Conselho de Ética que avalia a representação contra Cunha, Zé Geraldo (PA), Valmir Prascidelli (SP) e Léo de Brito (AC), foram convidados para participar da reunião.
O deputado Paulo Teixeira (SP) - que chegou a protocolar com outros parlamentares um recurso no STF contra a aceitação do pedido de impeachment por Cunha - também reforçou o discurso do partido de que se trata de uma tentativa de golpe. "O presidente da Câmara, que não tem menor condição de presidir a Casa, quer julgar uma pessoa honesta (Dilma), sem elementos jurídicos pra fazê-lo."
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