
247 – No
dia 11 de maio deste ano, o então ministro José Eduardo Cardozo tentou
uma liminar para suspender o impeachment da presidente Dilma Rousseff,
alegando que o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), havia agido com "desvio de finalidade" ao abrir o processo.
Seu objetivo seria promover uma troca de governo para que pudesse se
safar da Lava Jato, alegava Cardozo.
Teori negou a liminar,
apontando que não seria possível comprovar as motivações de Cunha
naquele instante. A questão seria, portanto, de natureza subjetiva.
No entanto, nesta
segunda-feira, o que era subjetivo se tornou cristalinamente objetivo. O
senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos braços direitos do presidente
interino Michel Temer, confessou que o impeachment nada mais foi do que
uma tentativa de uma elite corrupta de deter a Lava Jato. Para "parar
essa porra" e "estancar a sangria", seria preciso retirar a presidente
Dilma Rousseff do poder, colocando no poder o vice-presidente Michel
Temer – e o mais grave, segundo Jucá, é que esse acordão envolveria até
integrantes do Supremo Tribunal Federal (saiba mais aqui).
Agora, diante dessa bomba
atômica, os integrantes têm uma única saída: anular um processo de
impeachment aberto na Câmara por razões espúrias e aprovado no Senado
para deter a Lava Jato, num escândalo que envergonha o Brasil diante do
mundo.
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