Com Michel Temer no poder, a quantidade de
homicídios disparou em todo o País; só neste ano, o Brasil já atingiu a
marca dos 28,2 mil assassinatos —homicídios dolosos, lesões corporais
seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte); são 155
assassinatos por dia, cerca de seis por hora nos Estados brasileiros,
onde as características das mortes se repetem: ligada ao tráfico de
drogas e tendo como vítimas jovens negros pobres da periferia executados
com armas de fogo; número é 6,79% maior do que no mesmo período do ano
passado e indica que o País pode retornar à casa dos 60 mil casos
anuais; além das dificuldades de investimento dos Estados na segurança
pública, a violência também é resultado da lentidão para implementação
de um plano federal para o setor
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O aumento acontece em um ano marcado pelos massacres em presídios, pelo acirramento de uma briga de duas facções do crime organizado (Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho), dificuldades de investimento dos Estados na área e um plano federal de apoio que avança menos que o prometido.
Em âmbito local, o aumento é puxado pelas elevações em Estados nordestinos, como Pernambuco. Se o País teve 1,7 mil homicídios a mais neste semestre, boa parte, 913, se deve à derrocada do Pacto Pela Vida, programa pernambucano que vinha conseguindo reduzir assassinatos na última década, enquanto a região mantinha tendência de alta. A onda de violência tomou as cidades pernambucanas, assim como foi intensificada no Ceará e no Rio Grande do Norte. Quatro dos 11 Estados que tiveram aumento estão no Nordeste.
As informações são de reportagem de Marco Antônio Carvalho no Estado de S.Paulo.
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