Apontado como operador de propinas de Eduardo
Cunha, Lúcio Funaro firmou acordo de delação premiada com o Ministério
Público Federal que poderá deixar ainda mais frágil o governo de Michel
Temer, já atingido pela delação da JBS; após meses de negociação, o
acordo de Funaro deve ser assinado ainda nesta terça-feira 22; em
depoimento à Polícia Federal, Funaro já havia declarado que Temer sabia
do pagamento de propinas na Petrobras e que teria orientado a
distribuição de dinheiro desviado da Caixa Econômica Federal; antes de
fechar o acordo, o operador disse que "ainda havia o que entregar" em
relação à participação de Temer nos desvios investigadosA informação foi noticiada pelo jornalista Jailton de Carvalho, em reportagem no Globo. Segundo ele, os termos da delação foram acertados entre os advogados do réu e os procuradores do Ministério Público em reunião que se estendeu até meia-noite desta terça.
As negociações já duravam meses. Em declaração recente à imprensa, Funaro havia dito que não concordava com o acordo oferecido pelo MPF, por conta do tempo que o órgão exigia que ele ficasse preso em regime fechado.
Apesar dos detalhes não terem sido revelados, a expectativa é que a delação de Funaro implique diretamente Michel Temer e cerca de 40 outros políticos em esquemas de propinas no âmbito da Petrobras. Antes de fechar o acordo, o operador havia dito: “ainda há o que entregar” em relação à participação de Temer nos desvios investigados.
Após o acordo ser formalizado, os documentos e provas de crimes dos quais Funaro participou ou teve conhecimento serão enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para homologação.
Em depoimento à PF, ele já havia declarado que Temer sabia do pagamento de propinas na Petrobras. E que o peemedebista também teria orientado a distribuição de dinheiro desviado da Caixa Econômica Federal.


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