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Tesoureiro tucano conta com prescrição para escapar
Se fosse um petista seria um julgamento e uma condenação a jato. Prescrever jamais.
Próximo de completar 70 anos, quando, pela lei, o
prazo de prescrição dos crimes cai pela metade, o ex-diretor da Dersa,
Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, está apostando na prescrição para
escapar da cadeia; ex-tesoureiro do PSDB, ele é apontado como operador
nos esquemas de corrupção tucanos em São Paulo, com participação de José
Serra, Geraldo Alckmin, Aloysio Nunes e outras figuras importantes do
partido; juristas afirmam que, pela regra da prescrição, em breve ele só
poderá responder por crimes cometidos após 2010; até hoje não houve
denúncia em nenhum dos inquéritos; Paulo Preto só não será beneficiado
pela prescrição caso se torne réu ainda neste ano
25 de Fevereiro de 2018
SP 247 -
Ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto,
tem distribuído sorrisos a amigos e advogados ao lembrar a proximidade
de seu aniversário de 69 anos, no início de março. Paulo Preto é dos
poucos que tem interesse em envelhecer. Alvo de pelo menos quatro
inquéritos derivados da Operação Lava-Jato, ele estará a um ano de se
tornar um septuagenário, quando, pela lei, o prazo de prescrição dos
crimes cai pela metade.
Com base nas delações de
executivos da Odebrecht, Paulo Preto é acusado de participar de um
esquema de corrupção nas obras do Rodoanel de São Paulo, entre 2004 e
2008.
Delatores afirmam que ele
pediu dinheiro para o caixa dois das campanhas dos tucanos José Serra e
Aloysio Nunes. Paulo Preto é amigo
pessoal de Aloysio, hoje ministro de Relações Exteriores. Juristas
consultados creem que, pela regra da prescrição, em breve ele só poderá
responder por crimes cometidos após 2010. Até hoje não houve denúncia em
nenhum dos inquéritos. Paulo Preto só não será beneficiado pela
prescrição caso se torne réu este ano. Fontes ligadas à investigação
avaliam que isso dificilmente acontecerá.
Embora a estratégia de
apostar na prescrição seja corriqueira entre réus por crime de colarinho
branco, a situação de Paulo Preto pode se complicar após a descoberta
de uma conta atribuída a ele, na Suíça, com R$ 113 milhões.
As informações são de reportagem de Gustavo Schmitt em O Globo
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