9.13.2018

Raquel Dodge arquiva inquérito contra Aécio Neves por falta de provas

A procuradora-geral da República ressaltou que o caso pode ser revisto se houver novos elementos; Inquérito foi aberto para apurar se o senador, que está candidato a deputado federal, enviou registros bancários falsos à CPMI dos Correios


Aécio toma o cafezinho do Senado com o conterrâneo Anastasia; ele desistiu da reeleição e tenta vaga na Câmara dos Deputados
Aécio toma o cafezinho no Senado com o seu par  Anastasia nas falcatruas; ele desistiu da reeleição e tenta vaga na Câmara dos Deputados 
 A eficiente procuradora-geral Raquel Dodge (indicada do Michel Temer) arquivou inquérito no qual o senador Aécio Neves (PSDB) era investigado por supostamente enviar registros bancários falsos à CPMI dos Correios, em 2005 e 2006. "Considerando que não há, suporte fático e jurídico para dar continuidade à investigação, ante a falta de elementos  de materialidade e de autoria delitiva, com base no artigo 231-§4º do Regimento Interno do Supremo, promovo o arquivamento deste inquérito, ressalvando a possibilidade de revisão em caso de surgimento de novos elementos."
O inquérito foi aberto para apurar se Aécio e outros políticos teriam praticado crime durante os trabalhos da CPMI dos Correios e se teria havido conivência do então presidente da Comissão, o então senador Delcídio Amaral, "de modo a beneficiar Aécio Neves e Clésio de Andrade, governador e vice-governador de Minas, respectivamente". 
Aécio é dono da célebre frase, gravada em vídeo: "Este agente manda matar antes de delatar."
A investigação teve base na delação premiada de Delcídio na Operação Lava Jato. Ele afirmou que o Banco Rural "operaria relações financeiras ilícitas entre Marcos Valério e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais". Aécio e Clésio, segundo Delcídio, temiam que tais informações fossem repassadas para a CPMI dos Correios.
Delcídio afirmou, ainda, que, durante a CPMI dos Correios, "foi procurado por Eduardo Paes, então secretário-geral do PSDB, que, na condição de emissário de Aécio Neves, solicitou-lhe a prorrogação do prazo concedido ao Banco Rural para que este modificasse as informações bancárias encaminhadas à CPMI de modo a impedir a vinculação de empréstimos fraudulentos realizados pelas empresas de Marcos Valério".
Ao arquivar o inquérito, a procuradora-geral enfatizou "ausência de justa causa para ação penal e inexistência de outras diligências úteis para os integrantes do tucanato".
"Além disso, ante o tempo decorrido desde o ano 2005, quando os fatos teriam ocorrido, a autoridade policial não vislumbra outras diligências que lhe permitam elucidar os fatos e sua autoria, além das diversas medidas já adotadas, que eram potencialmente úteis ao avanço da apuração, mas não desvendaram os fatos em sua inteireza, como assinalado", segue a eficiente procuradora anti-PT

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