12 DE OUTUBRO DE 2018
247 - Aguardada com grande expectativa pelo eleitorado, a campanha de rádio e TV se inicia hoje com Haddad falando diretamente aos segmentos que precisa conquistar para encostar no candidato da extrema direita, que lidera as pesquisas. Neste primeiro programa, Haddad fará acenos ao eleitorado evangélico e irá desmentir todos os boatos que foram propagados via fake news sobre aquilo que seu adversário chama de 'kit gay'. Haddad reafirmará valores sobre a família, destacando seu casamento de 30 anos com a professora da USP Ana Estela Haddad.
O programa de rádio e TV de Haddad é uma das 'armas' da campanha petista para virar o jogo eleitoral neste segundo turno. Tradicionalmente, o mais politizado e técnico dos programas, a qualidade das inserções que fizeram os quatro último vitoriosos nas eleições presidenciais é aguardada com real ansiedade por parte da militância e da própria imprensa.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo explica a movimentação de Haddad em busca do eleitorado evangélico: "o candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Fernando Haddad fará acenos ao eleitorado evangélico e seus líderes no programa de TV no segundo turno. Segundo o governador reeleito da Bahia Rui Costa (PT), que está auxiliando na campanha do ex-prefeito de São Paulo ao Planalto, Haddad aproveitará o programa, logo no início das exibições na televisão, para desmentir boatos como a de que ele implantará o chamado 'kit gay' (cartilha sobre orientação de gênero) para crianças nas escolas".
E reforça a colaboração de Rui Costa como consultor informal de Haddad neste segundo turno: "ainda segundo Costa, o candidato petista usará o espaço na TV aberta para reafirmar valores sobre a família, frisando que é casado com a mesma mulher há 30 anos, discurso que já tem sido feito por Haddad em atos públicos e nas redes sociais. Costa passou os últimos dias ligando para lideranças religiosas nacionais, principalmente das igrejas Batista e Assembleia de Deus. Ele também recebeu no Palácio de Ondina, residência oficial dos governadores baianos, lideranças evangélicas locais, como o Pastor Sargento Isidório (Avante)".
Sobre Costa, a matéria ainda destaca: "o governador petista aposta na pulverização das lideranças dessas igrejas como forma de convencê-las a apoiar Haddad no segundo turno da eleição presidencial. Ele disse que, diferente da Igreja Universal do Reino de Deus, que tem o poder centralizado no bispo Edir Macedo, as outras igrejas têm o comando difuso. Nas ligações que fez, Costa mirou seus esforços em desmentir fakes news e acalmar os ânimos dos religiosos, tranquilizando aqueles que temem um governo popular do PT.
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