RIO – O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) disponibilizou em seu site (www.cob.org.br) a nova versão da cartilha Uso de medicamentos no esporte, com a lista de substâncias e métodos proibidos pela Agencia Mundial Antidoping (Wada), entre outras informações. A publicação tem como objetivo orientar para os perigos do doping, provendo uma série de informações relevantes e servindo de suporte para os atletas brasileiros se prepararem para os Jogos Olímpicos de Pequim e as demais competições de 2008.
Visando ao controle preventivo da delegação brasileira que representará o país em Pequim, o COB realizará cerca de 600 exames antidoping com todos os atletas classificados ou com chances de integrar a delegação brasileira.
A área de controle de doping do COB, coordenada pelo médico Eduardo de Rose, membro-fundador da Wada, publica anualmente a cartilha de informação e orientação aos atletas sobre o uso de medicamentos no esporte. Afim de facilitar o entendimento por parte do atleta, a cartilha utiliza o nome dos medicamentos proibidos, um avanço em relação à cartilha da Wada, que cita apenas o nome cientifico da substância. Além da inserção no site, a publicação será enviada em sua versão impressa para todas as confederações olímpicas nacionais. “A importância da cartilha é fornecer aos nossos atletas todas as informações possíveis sobre o doping, mostrando seu histórico, as substâncias proibidas e permitidas, os seus direitos e deveres em relação ao controle antidoping”, explica Eduardo de Rose. (AF)
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Testes preventivos são exigidos
RIO - Após o envio das cartilhas para as confederações, o COB iniciará os testes preventivos em cerca de 600 atletas classificados ou com chance de qualificação para os Jogos Olímpicos de Pequim. Os exames estão previstos para acontecer entre maio e julho e serão programados pelo departamento técnico do COB.
A entidade informará a data e o local onde os atletas estão treinando para que o médico De Rose distribua os kits de controles entre os médicos de sua equipe. Os kits serão fornecidos pelo COB e os exames analisados pelo Ladetec, no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O controle antidoping brasileiro é excelente e a prova disso é que os nossos especialistas são convidados de rotina para atuar nos Jogos Olímpicos desde Barcelona-92, completando as equipes nacionais de cada país sede”, explica De Rose.
O desenvolvimento de uma cultura antidoping no esporte brasileiro é baseado em três conceitos: educação, instrução e prevenção. O Comitê Olímpico Brasileiro começa a preparar os atletas nas Olimpíadas Escolares, através de palestras e da distribuição de cartilhas para os jovens, fazendo uma promoção de valores saudáveis e éticos do esporte, caracterizando assim a fase da educação.
Posteriormente, através de textos impressos e veiculados pelo site do COB, os atletas são informados dos medicamentos ou substâncias que podem ou não ser ingeridos, que consiste na fase de instrução. Por último, é realizado o controle prévio nos atletas que representam o país. Esta é a fase de prevenção. “O trabalho realizado pela equipe de Eduardo de Rose é de extrema importância no trabalho de conscientização que o COB faz com os atletas desde os Jogos Olímpicos de Atlanta 96. Os atletas já estão habituados e demonstram comprometimento.
Precisamos nos prevenir o máximo possível. O objetivo do COB é manter um contínuo processo de educação com os principais atletas brasileiros, desde as categorias de base”, afirma o gerente geral do Departamento Técnico do COB, José Roberto Perillier. (AF)
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