Caminhar 30 minutos com a roupa do trabalho já melhora saúde do coração
Especialista diz: não é preciso equipamentos especiais e muito tempo para
Segundos pesquisadores americanos a prática de exercícios aeróbicos regulares pode diminuir a depressão pela metade. O estudo, realizado pelo Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, é o primeiro a avaliar os exercícios como tratamento isolado da depressão, sem associação com medicamentos.
Foram 80 pacientes, acompanhados durante três anos, quando foram selecionados para treinamento aeróbico três ou cinco vezes por semana ou faziam exercícios de alongamento somente. O grupo que praticou exercícios aeróbicos cinco vezes por semana reduziu seus sintomas em 47% após três meses de treinos. O grupo que se exercitava três vezes por semana melhorou seus sintomas em 30%.
A chave do benefício parece estar nos efeitos que o exercício físico de moderado a intenso, feito de maneira continuada por 30 minutos a 35 minutos, exerce sobre o organismo humano. A pesquisa abre espaço para que novas modalidades de tratamento de depressão possam ser estabelecidas, já que muitos pacientes não buscam ajuda por conta do estigma social da doença. As estimativas são de que somente 23% das pessoas que sofrem de depressão recebem atenção adequada.
Caminhar 30 minutos com a roupa do trabalho já melhora saúde do coração
Especialista diz: não é preciso equipamentos especiais e muito tempo para ser saudável.
Dançar à noite e caminhar por alguns minutos na hora do almoço já ajudam bastante.
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Acabou a desculpa para não levar uma vida saudável. Doutor em educação física, Luiz Guilherme Porto afirma: bastam 30 minutos de caminhada por dia e sua saúde já agradece. E mais: não precisa ir para a loja de material esportivo e comprar aquele tênis especial projetado pela Nasa: você pode caminhar com a roupa do dia-a-dia, rumo ao trabalho ou na hora do almoço, e os resultados já aparecem.
“É muito comum as pessoas responderem que a principal barreira ao aumento da prática de atividade física é o tempo.
Bastam 30 minutos diários acumulados de atividade física moderada para melhorar a saúde cardiovascular, a mobilidade e a pressão arterial e para reduzir o risco de câncer, de diabetes, de derrame cerebral, de depressão e de ansiedade.
Como são “acumulados”, você pode ou caminhar 30 minutos direto, ou três vezes por dez minutos, ou qualquer forma que agrade mais. “Caminhando 15 minutos pela manhã, de forma moderada, e dançando outros 15 à noite, eu consigo cumprir o mínimo recomendado e assim ter benefícios para a saúde”.
“Exercício” é diferente de “Atividade Física”. “Atividade física se considera todo e qualquer movimento com gasto energético superior ao repouso, diferentemente do exercício, que se caracteriza por uma atividade formal, com controle de intensidade, duração e freqüência”.
A melhor opção é caminhar. “A caminhada moderada é provavelmente a modalidade mais democrática de atividade física”. “Não exige preparação prévia, roupas especiais ou gastos extras. Para a maioria da população é de baixíssimo risco, com benefícios potenciais muito grandes”.
Apesar disso, é preciso cuidado. Fumantes e pessoas com histórico familiar de problemas cardiovasculares, diabetes ou hipertensão arterial podem precisar de uma avaliação médica prévia. “É bom lembrar que, mesmo nos casos de presença de doenças, uma vez a condição acompanhada e controlada, a prática regular de atividades físicas continua sendo um fator fundamental na promoção da saúde”.
Se você quer ter uma vida mais saudável, não precisa se preparar para “suar a camisa”. Para melhorar a maioria dos quesitos de saúde, não é preciso fazer esforço –- basta se movimentar. No entanto, se quiser melhorar o colesterol, você vai precisar aumentar a intensidade e suar um pouquinho.
Luiz Guilherme Porto fez seu doutorado na Universidade de Brasília (UnB), onde sugeriu que estimular a população a se exercitar por 30 minutos diários deve ser parte das políticas públicas de saúde do governo, para reduzir os gastos na área.
“Há uma urgente necessidade da adoção de políticas públicas de promoção da atividade física. A eliminação de barreiras arquitetônicas, a iluminação pública e a segurança, entre outros, são fatores que tem grande impacto no nível de sedentarismo de uma comunidade”, afirma ele.
O pesquisador entregou um medidor de passos para 19 voluntários homens e acompanhou os resultados que a caminhada teve na saúde deles. O trabalho comprovou a melhoria no funcionamento cardiovascular com a caminhada de 30 minutos.
Metade dos brasileiros não se exercita
Dado é de levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Caminhar é a atividade preferida dos brasileiros, ao lado do futebol.
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Um estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgado neste domingo (9) mostra que metade dos brasileiros não pratica nenhuma atividade física, transformando assim o sedentarismo em uma das principais causas das 300 mil mortes anuais por doenças cardíacas no país.
O estudo, divulgado neste domingo no Congresso Brasileiro de Cardiologia, foi realizado pela empresa de consultoria Datafolha. Os dados indicam que o sedentarismo, associado a uma dieta inadequada, é a maior causa de doenças cardiovasculares no Brasil.
Com 2.012 pessoas entrevistadas com idades entre 18 e 70 anos, o estudo apontou que, na faixa entre 18 e 24 anos, 39% das pessoas não fazem atividades físicas; entre 25 e 44 anos, o percentual sobe para 50%, enquanto que entre 45 e 59 anos chega a 53%. Entre os indivíduos que têm entre 60 e 70 anos, a taxa de inatividade chega a 57%.
Os Estados Unidos, por exemplo, têm uma taxa de sedentarismo de 60%. Já a Finlândia, por outro lado, apresenta uma taxa de apenas 8%.
Ao lado do futebol, caminhar é a atividade preferida por 26% dos homens. Esta prática também lidera a preferência de 31% das mulheres consultadas, superando, em ambos os sexos, as academias, a dança e a natação.
Para o cardiologista Álvaro Avezum, diretor de Promoção à Saúde Cardiovascular da SBC, o sedentarismo está relacionado à "mecanização da vida nas grandes cidades", onde "as pessoas andam de carro por medo de andar a pé, e preferem o elevador às escadas".
Fonte: Globo.com
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