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2.15.2009
Substituto oral da insulina
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra está a estudar um composto que se tem revelado promissor no desenvolvimento de um fármaco que poderá vir a ser usado como substituto da insulina no tratamento da diabetes.
Margarida Castro, investigadora da Universidade de Coimbra, apresenta as potencialidades e os riscos do composto de Vanádio para uso dos diabéticosMargarida Castro conta o que a investigação permitiu descobrir até ao momento
Os estudos da equipa de investigadores decorrem há quatro anos e podem demorar outros tantos, mas para já foi possível verificar que o composto de Vanádio é capaz de promover a captação de glucose para adipócitos (células gordas).
Margarida Castro, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, explicou que, apesar do composto de Vanádio ter propriedades terapêuticas para diabéticos, é «demasiado tóxico», daí a necessidade de encontrar a dosagem certa.
A investigadora adiantou que os testes feitos até ao momento revelam que se a toxicidade do composto de Vanádio for controlada, a potencialidade do uso daquela substância para os diabéticos é muito grande.
No entanto, Margarida Castro acrescentou que ainda há vários parâmetros a avaliar, sendo o passe seguinte estudar o composto de Vanádio em ratos com diabetes. Posteriormente, e se o resultado desses tes
A investigação que nos últimos quatro anos foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia é realizada no âmbito do tema “Metais em Medicina - Vanádio como agente terapêutico”.
A coordenadora do trabalho dedica-se ao estudo do metal (que também tem sido estudado para o tratamento de doenças virais e cancro) há já dez anos e integrou vários projectos que testaram diferentes compostos de Vanádio.
Segundo explica, o objectivo é escolher os que, numa dose mínima não tóxica, apresentem propriedades terapêuticas. A equipa testa agora um promissor complexo de vanádio com um ligando denominado piridonona.
Além dos eventuais efeitos tóxicos, os investigadores querem perceber qual a dose necessária para garantir um controlo dos níveis de glicose, avaliar o tempo de absorção no organismo de um composto destes em forma de comprimido e ainda estudar a interacção deste composto com outras moléculas que existem na corrente sanguínea. Para já, em modelos celulares, o composto “apresentou sempre bons indicadores como insulino-mimético, ou sejam um comportamento semelhante à insulina”. Nos próximos anos, a equipa vai testar o composto de vanádio em modelos in vivo (ratinhos diabéticos).
“Se a resposta for também positiva, está aberto o caminho para o desenvolvimento de um substituto oral da insulina”, refere Margarida Almiro e Castro, frisando que é necessário depois esperar pela fase de ensaios clínicos que pode demorar cerca de uma década.
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