A crise e o vencimento de patentes forçam as farmacêuticas a revisar estratégias de pesquisa
A indústria farmacêutica sente-se pela primeira vez vulnerável.
"Desde 2005 o índice de vendas nos grandes mercados dos EUA e da Europa é decrescente, e isso coincide com o número de novos remédios que chegam ao mercado, também decrescente", explica Jaume Puig-Junoy, professor do departamento de economia da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona.
A isso se acrescenta que as autoridades de saúde estão exercendo uma forte pressão para ampliar o uso de genéricos nos medicamentos que não estão mais protegidos por patentes.
De modo que as companhias veem expirar as patentes de seus produtos mais vendidos sem ter substitutos que possam manter o nível de vendas e receitas.
Neste momento, três dos produtos com maior volume de vendas estão perto de perder a patente: o antiagregante plaquetário Plavix, da Sanofi-Aventis; o anti-hipertensivo Diovan da Novartis; e o Lipitor, um remédio contra o colesterol cujas vendas, no valor de US$ 13 bilhões, representam nada menos que 25% das receitas da Pfizer. O fato de sua patente expirar em 2011 sem substitutos à vista contribuiu para que as ações da Pfizer na Bolsa valham hoje 28% menos que um ano atrás.
O problema é que obter um novo medicamento está cada vez mais caro e difícil. Estima-se que desenvolver um novo remédio e colocá-lo no mercado custe US$ 800 milhões e, se for biotecnológico, US$ 1,2 bilhão.
Mas inclusive quando se tem um composto com valor terapêutico não é seguro que chegue a bom termo. Muitos sucumbem nos últimos testes clínicos por problemas de segurança.
Fonte: Uol
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