Gripes, resfriados, tosse, asma, rinite e mais um bocado de outros problemas respiratórios atingem mais comumente as crianças, que costumam ter o sistema imunológico muito frágil. Isso se confirma ainda mais quando chega a época de outono inverno.
A poluição do ar, somada à diminuição de umidade relativa e à mudança de temperatura de uma hora para outra são os principais contribuintes para o desenvolvimento de doenças respiratórias. "Elas dificultam a adaptação, principalmente dos bebês e crianças pequenas, o que facilita que sejam acometidas de infecções virais, bacterianas e por fungos", afirma o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria e Nefrologia, de São Paulo.
Além disso, o especialista comenta que é exatamente nesses dias que costumamos retirar casacos, cobertores e edredons dos armários, guardados há tempos. "Neles encontramos ácaros e fungos, potenciais provocadores de alergias, principalmente respiratórias", explica o médico. Nesse caso, o melhor a se fazer é lavar e arejar as roupas e cobertas antes de colocá-las em contato com os pequenos.
Limpar muito bem os locais em casa para que as crianças possam brincar livres de germes e bactérias também é uma boa pedida. Além disso, Sylvio indica a esterilização de objetos que se encontram em locais longe da residência. "Em casa, não há necessidade de esterilizações com álcool ou antissépticos; estudos recentes demonstram que as pessoas (principalmente as crianças) desenvolvem progressivamente imunidade contra os germes habituais nos locais onde residem, não sendo acometidas por doenças, na maioria dos casos. No entanto, quando em outros ambientes que não o domiciliar, há necessidade de grande proteção, pois as crianças não têm imunidade contra germes com os quais ainda não tiveram contato", lembra ele, que também é Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Outra forma de adquirir doenças é pelas mãos. Como toda mãe sabe, crianças pequenas gostam de experimentar e a melhor maneira de fazer isso é exatamente enfiar as mãozinhas em locais geralmente sujos e, logo depois, levá-las à boca. Segundo o especialista, a contaminação de doenças virais, bacterianas ou por fungos ocorre pela regra dos 11: "os 10 dedos das mãos e orofaringe boca", diz. Para isso, a melhor forma de evitar o contágio é evitar contaminação das mãos.
Nada melhor do que ensinar os pequenos a manterem elas limpas e, claro, evitar o contágio de outras maneiras. Sylvio afirma que a forma mais eficaz de se conseguir isso ainda é o exemplo paternal. "Pais que lavam as mãos regularmente, evitam locais aglomerados (supermercados, feiras, shopping centers) em horários de pico, manter os filhos sem frequentar a escola quando estão acometidos de alguma infecção, certamente estão ensinando seus pequenos a ter o mesmo comportamento durante a vida".
Beber bastante água durante essa época do ano também é recomendado, promovendo, assim, uma hidratação de dentro para fora. Para prevenir o ressecamento das mucosas a mamãe pode aplicar soro fisiológico nas narinas dos pequenos pelo menos quatro vezes ao dia.
Doenças respiratórias na infância
Xixi na cama tem tratamento
Além disso, o pediatra adverte: "Quando o bebê adoecer, antes de pensar em correr para o primeiro pronto-socorro infantil, ligue para seu pediatra". Essa também é uma forma de evitar a contaminação, afinal, hospitais são locais cheios de pessoas doentes que podem transmitir algo para o seu pimpolho. "Pode ser que ele oriente e acompanhe o caso, evitando que a criança vá a um local (o pronto-socorro) onde há dezenas (ou centenas, dependendo do dia) de crianças contaminadas, que podem transmitir doenças para o bebê".
Por Tissiane Vicentin (MBPress)
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