Projeto em estudo inclui construção de praça sobre os trilhos da SuperVia
Rio - Um dos bairros mais tradicionais do subúrbio do Rio está perto de se tornar pioneiro em ousado projeto ferroviário. Em parceria com a SuperVia, a Prefeitura do Rio estuda fazer da atual Estação Madureira, por onde circulam mais de 22 mil usuários todo dia, uma passagem subterrânea. O local tem a segunda maior movimentação entre todos os terminais de trens do Rio, perdendo apenas para a Central do Brasil. A intervenção seria realizada num trecho de dois quilômetros, com o objetivo principal de integrar os dois lados do bairro, cujos cerca de 60 mil moradores são hoje divididos pela linha férrea.
Trecho de dois quilômetros de linha férrea seria substituído por uma praça
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
A estimativa é que as obras durem dois anos a partir da aprovação da planta. O projeto já foi apresentado às diversas lideranças comunitárias do bairro, numa reunião realizada há dois meses. Naquela ocasião, o então diretor de Marketing da SuperVia, José Carlos Leitão, admitiu se tratar de uma grande revolução no sistema ferroviário.
No local onde funciona hoje a Estação Madureira seria construída a ‘Praça do Conhecimento’, projeto de LAN house pública da Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia, além de outras opções de lazer e área verde. Os viadutos que hoje em dia são utilizados para interligar os dois lados do bairro seriam demolidos. “Dentro da estação subterrânea, segundo o atual projeto, construiríamos lojas”, adiantou o então diretor José Carlos Leitão.A prefeitura cogitou levantar grande shopping no terreno da estação, mas a decisão poderia comprometer diretamente os lucros do atual comércio existente no bairro. Por isso, a ideia já foi praticamente descartada. Para o subprefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos, a obra representaria o fim de uma mutilação. “Os bairros que são cortados por uma linha de trem acabam sofrendo muito. Esse contato entre os dois lados de Madureira vai permitir um crescimento homogêneo em todas as esferas”, opina André Luiz.DesapropriaçõesEstima-se que, para realizar a obra, seriam necessárias 150 desapropriações em dois quarteirões da Rua João Vicente, paralela à linha férrea. O valor do projeto não foi divulgado, mas existe a possibilidade de a prefeitura fixar parcerias com investidores estrangeiros. Numa segunda etapa, o mesmo plano seria levado para o Méier, como confirmou na última sexta-feira o administrador regional do bairro, Reynaldo Velloso, já animado com a possibilidade. “Nasci e cresci no Méier. Seria um projeto com consequências maravilhosas para nossos moradores”, destacou.Quem circula diariamente pela região de Madureira aprovou a possível mudança. “O trem é um transporte de massa como metrô ou ônibus, mas nunca recebeu os mesmos investimentos. Acho muito positiva a ideia. Tomara que seja um projeto que não fique esquecido na mesa das autoridades, mas, sim, executado o mais breve possível”, opina o agente de saúde Antônio de Souza, 43.Por meio de nota, a SuperVia ressaltou que presta total apoio às intervenções que visam a melhorar a qualidade de vida da população e o serviço ferroviário de passageiros
A estimativa é que as obras durem dois anos a partir da aprovação da planta. O projeto já foi apresentado às diversas lideranças comunitárias do bairro, numa reunião realizada há dois meses. Naquela ocasião, o então diretor de Marketing da SuperVia, José Carlos Leitão, admitiu se tratar de uma grande revolução no sistema ferroviário.
No local onde funciona hoje a Estação Madureira seria construída a ‘Praça do Conhecimento’, projeto de LAN house pública da Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia, além de outras opções de lazer e área verde. Os viadutos que hoje em dia são utilizados para interligar os dois lados do bairro seriam demolidos. “Dentro da estação subterrânea, segundo o atual projeto, construiríamos lojas”, adiantou o então diretor José Carlos Leitão.A prefeitura cogitou levantar grande shopping no terreno da estação, mas a decisão poderia comprometer diretamente os lucros do atual comércio existente no bairro. Por isso, a ideia já foi praticamente descartada. Para o subprefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos, a obra representaria o fim de uma mutilação. “Os bairros que são cortados por uma linha de trem acabam sofrendo muito. Esse contato entre os dois lados de Madureira vai permitir um crescimento homogêneo em todas as esferas”, opina André Luiz.DesapropriaçõesEstima-se que, para realizar a obra, seriam necessárias 150 desapropriações em dois quarteirões da Rua João Vicente, paralela à linha férrea. O valor do projeto não foi divulgado, mas existe a possibilidade de a prefeitura fixar parcerias com investidores estrangeiros. Numa segunda etapa, o mesmo plano seria levado para o Méier, como confirmou na última sexta-feira o administrador regional do bairro, Reynaldo Velloso, já animado com a possibilidade. “Nasci e cresci no Méier. Seria um projeto com consequências maravilhosas para nossos moradores”, destacou.Quem circula diariamente pela região de Madureira aprovou a possível mudança. “O trem é um transporte de massa como metrô ou ônibus, mas nunca recebeu os mesmos investimentos. Acho muito positiva a ideia. Tomara que seja um projeto que não fique esquecido na mesa das autoridades, mas, sim, executado o mais breve possível”, opina o agente de saúde Antônio de Souza, 43.Por meio de nota, a SuperVia ressaltou que presta total apoio às intervenções que visam a melhorar a qualidade de vida da população e o serviço ferroviário de passageiros
na Região Metropolitana do Rio.
Vila das Torres começa a ser retirada. Mais de 400 famílias já foram removidas da Vila das Torres, em Madureira, e realocadas em unidades habitacionais de diversos pontos pelo programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, segundo o subprefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos. No local, adquirido da Light pela prefeitura por R$ 20 milhões em novembro, será erguido o Parque de Madureira, com pistas para corridas, quadras poliesportivas, lagos e a LAN house pública da Praça do Conhecimento, que também terá biblioteca. O espaço será arborizado, o que reduziria a temperatura do bairro em até cinco graus.
“A obra vai atrair, em média, 1 milhão de pessoas por fim de semana, além de um ganho na qualidade de vida dos moradores para os próximos 100 anos”, frisou André. O terreno de 112.942 mil m² será transformado na 2ª maior área de lazer a céu aberto da cidade, só perdendo para o Aterro do Flamengo. Até o fim do ano, 833 residências terão sido derrubadas. A Secretaria de Obras informou que as intervenções devem ser iniciadas já em janeiro. Enquanto isso, a Light realiza a retirada das torres.
Associação comercial cobra conservaçãoO secretário-geral da Associação Comercial de Madureira, Gilberto Marçal, morador de Madureira desde 1950, aguarda a concretização dos projetos anunciados, mas, receoso, cobra atenção à manutenção do bairro. “A conservação é tão importante quanto o investimento nas obras.
As gestões anteriores fizeram o programa Rio Cidade I e II aqui, mas não investiram em manutenção. Por isso, temo que o mesmo ocorra com obras tão sofisticadas como a nova estação e o parque”, explica, adiantando que a associação vai lutar para levar a 6ª Inspetoria da Guarda Municipal, no Viaduto Negrão de Lima, para dentro do novo espaço: “Esperamos, assim, garantir segurança 24h no local”.
Os usuários dos trens do Rio compartilham da mesma preocupação. Enquanto esperava uma composição do ramal de Deodoro na Estação Madureira, o balconista Francisco Ribeiro, 36, cobra conservação por parte dos órgãos responsáveis e também dos passageiros. “Falta educação e respeito das duas partes. O usuário do metrô não joga papel no chão, por exemplo. No entanto, a limpeza é muito maior”,
Vila das Torres começa a ser retirada. Mais de 400 famílias já foram removidas da Vila das Torres, em Madureira, e realocadas em unidades habitacionais de diversos pontos pelo programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, segundo o subprefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos. No local, adquirido da Light pela prefeitura por R$ 20 milhões em novembro, será erguido o Parque de Madureira, com pistas para corridas, quadras poliesportivas, lagos e a LAN house pública da Praça do Conhecimento, que também terá biblioteca. O espaço será arborizado, o que reduziria a temperatura do bairro em até cinco graus.
“A obra vai atrair, em média, 1 milhão de pessoas por fim de semana, além de um ganho na qualidade de vida dos moradores para os próximos 100 anos”, frisou André. O terreno de 112.942 mil m² será transformado na 2ª maior área de lazer a céu aberto da cidade, só perdendo para o Aterro do Flamengo. Até o fim do ano, 833 residências terão sido derrubadas. A Secretaria de Obras informou que as intervenções devem ser iniciadas já em janeiro. Enquanto isso, a Light realiza a retirada das torres.
Associação comercial cobra conservaçãoO secretário-geral da Associação Comercial de Madureira, Gilberto Marçal, morador de Madureira desde 1950, aguarda a concretização dos projetos anunciados, mas, receoso, cobra atenção à manutenção do bairro. “A conservação é tão importante quanto o investimento nas obras.
As gestões anteriores fizeram o programa Rio Cidade I e II aqui, mas não investiram em manutenção. Por isso, temo que o mesmo ocorra com obras tão sofisticadas como a nova estação e o parque”, explica, adiantando que a associação vai lutar para levar a 6ª Inspetoria da Guarda Municipal, no Viaduto Negrão de Lima, para dentro do novo espaço: “Esperamos, assim, garantir segurança 24h no local”.
Os usuários dos trens do Rio compartilham da mesma preocupação. Enquanto esperava uma composição do ramal de Deodoro na Estação Madureira, o balconista Francisco Ribeiro, 36, cobra conservação por parte dos órgãos responsáveis e também dos passageiros. “Falta educação e respeito das duas partes. O usuário do metrô não joga papel no chão, por exemplo. No entanto, a limpeza é muito maior”,
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