Maior rede de abortos do Rio movimentava R$ 500 mil por mês, diz delegado
Na ação foram cumpridos seis
mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Bando tinha clínicas em
São Gonçalo, Botafogo, Bonsucesso e Rocha
O Dia
Rio - A maior rede de execução de abortos do
estado do Rio de Janeiro foi presa nesta sexta-feira por policiais da
19ª DP (Tijuca). O grupo atuava em clínicas em São Gonçalo, na Região
Metropolitana, Botafogo, na Zona Sul, Bonsucesso e Rocha, na Zona Norte.
De acordo com o delegado Roberto Gomes Nunes, da 19ª DP, pelo menos 20
pessoas já prestaram depoimento e uma paciente está internada no Centro
de Tratamento Intensivo (CTI) após ser submetida a um aborto. "É a prisão da maior organização especializada em abortos no Rio de Janeiro", disse Nunes.
Grupo movimentava cerca de R$ 500 mil por mês com o esquema
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Na ação foram cumpridos seis mandados
de prisão e sete de busca e apreensão na capital e em outros
municípios. Cerca de 50 agentes participam da operação, que também
apreendeu material cirúrgico, além de 100 mil em dinheiro, entre dólar,
euro, libra e real.
Foram presos Maria José Barcellos
Cândido, Nilda de Souza Pontes, Guilherme Estrella Aranha, Ivo Tannuri
Filho, Myrian Hahamovici e José Luiz Gonçalves, que é apontado pela
polícia como chefe do bando.
A quadrilha, composta por médicos,
agenciadores e seguranças, realizava cerca de 50 abortos por semana,
cobrando até R$ 8 mil por procedimento.
Seis pessoas foram presas pela Civil acusadas de integrar quadrilha
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Após um ano de investigações, os
agentes descobriram que os criminosos movimentavam cerca de R$ 500 mil
por mês. Mulheres de São Paulo, Minas, Espírito Santo e do Maranhão
fizeram abortos com a quadrilha.
Segundo a polícia, José Luiz guardava os
celulares das vítimas durante a "entrevistas" que eram realizadas antes
dos abortos. "Ele tentava evitar que as mulheres gravassem algo
comprometedor", explicou o delegado.
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