Essa
doença adora um marasmo. Se a gente não se mexe, ela aparece com maior
facilidade, fica mais letal e, mesmo se some, insiste em ressurgir
Essa
doença adora um marasmo. Se a gente não se mexe, ela aparece com maior
facilidade, fica mais letal e, mesmo se some, insiste em ressurgir
Escrito por
Theo Ruprecht
Theo Ruprecht
Deborah Maxx
Virou
lugar-comum comparar a atividade física a remédios. Mas, ao pensarmos
com calma nessa história, dá pra dizer que às vezes os medicamentos são
supervalorizados — e o câncer é um ótimo exemplo disso. Vamos raciocinar
juntos (e, se quiser tirar a prova, questione um médico): existe algum
comprimido que ajude a prevenir e tratar diversos tipos de tumor, além
de evitar um possível retorno deles? Pode apostar que não. Pois,
acredite, esse combo de benefícios já está na bula de uma rotina de
exercícios.
Em uma revisão de 71 estudos publicada no periódico científico British Journal of Sports Medicine,
foi observado que 150 minutos de treinos moderados por semana — o
mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — reduzem a
mortalidade por diferentes variedades desse problema em 14%, o que não é
pouco. “O número é explicado de um lado pelo papel do exercício na
diminuição da incidência da doença e, do outro, por seu potencial em
controlá-la quando eventualmente aparece”, argumenta o epidemiologista
Li Liu, um dos responsáveis pela investigação da Universidade de Ciência
e Tecnologia Huazhong, na China. Do ponto de vista da prevenção do câncer, organizações como o Departamento de Saúde da Austrália pedem para as pessoas reservarem ainda mais espaço na agenda aos esportes: seriam necessários 300 minutos de esforço moderado ou 150 de intenso por semana. E um estudo desse mesmo país — conduzido no Instituto de Pesquisa Médica Berghofer, em Queensland — aponta que a meta proposta faz todo o sentido.
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O tripé dos exercícios contra o câncer Os componentes abaixo fazem parte de qualquer treino. Mas oferecem benefícios extras às vítimas da doença
- Práticas aeróbicas: caminhar, nadar, pedalar e outras modalidades aprimoram o sistema cardiovascular. Elas são especialmente preconizadas para enfrentar a fadiga que aparece em quem sofre com um tumor.
- Musculação: a atrofia da musculatura é relativamente comum durante as intervenções médicas. Ao contra-atacar isso, o levantamento de peso dá autonomia e qualidade de vida à pessoa.
- Alongamento: as práticas que deixam os músculos flexíveis mantêm, no mínimo, uma parcela da movimentação de braços e pernas. Isso é bastante positivo depois de eventuais cirurgias.
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