10.30.2016

A vitória do bispo no Rio de janeiro

O voto nulo, branco e a abstenção
de hoje. E a contradição que fica
É bom que fique claro que a lógica assumida (inclusive no facebook) por muitos que se dizem democratas e que optaram por votar nulo, em branco ou se abster, hoje, no Rio, só favoreceu a crivella e, claro, toda a velha e corrupta política que ele e seus aliados representam.
Uma contradição que - queiram ou não - estas pessoas carregarão para sempre em suas consciências
A (outra) vitória de Freixo
Antes mesmo de ouvir o discurso de Marcelo Freixo após a derrota de hoje e correndo o risco de ser chamado de cabotino (Indivíduo presumido, que procura chamar a atenção em relação a qualidades fictícias) ressalto que em uma conjuntura avessa ao pensamento de esquerda, onde o anti-comunismo só cresce de forma avassaladora nos últimos dois anos (alimentado pela mídia conservadora) e em uma coligação de dois pequenos (apesar de valentes) partidos, chegar a quase 1 milhão e 200 mil votos na cidade do Rio de Janeiro é algo a ser considerado como exemplar.
Parabéns a Marcelo Freixo, ao PSOL e ao PCB, à militância que se engajou em sua campanha e a seus eleitores, que demonstraram que o pensamento ético, questionador "de tudo que aí está", de combate à desigualdade e de esperança em um outro mundo é capaz de sobreviver a esta momentânea avalanche do atraso.
Nessas horas, impossível não recorrer a Darcy Ribeiro:

"Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu".

Álvaro Nascimento·

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