Procuradores da operação Lava Jato pediram que o juiz federal
Sérgio Moro prenda e condene a jornalista Claudia Cruz, esposa do
deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), artífice do golpe parlamentar
de 2016 e que já cumpre pena de 15 anos por corrupção; Cláudia Cruz é
acusada de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro;
além da pena de prisão em regime fechado, os procuradores também pedem
uma multa mínima para reparar os danos causados ao erário público no
valor de R$ 7 milhões; prisão da mulher poderá ser a gota d'água que
faltava para Cunha delatar a cúpula do governo Michel Temer e abrir a
caixa-preta do golpe; mas e o juiz Sergio Moro: vai acatar ou não o
pedido do MP? sentença deve sair nas próximas semanas
A condenação de Claudia Cruz foi baseada no não declarado em contas no exterior. Ela afirma que jamais teve conhecimento das movimentações de recursos ilegais feitas por Cunha. "É claro que Cláudia Cruz, pessoa bem esclarecida, sempre teve conhecimento de que o salário de Eduardo Cunha, como servidor público, jamais seria capaz de manter o elevado padrão de vida por eles mantido", dizem os procuradores na petição.
"Cláudia Cruz não foi simples usuária dos valores, mas coautora de Eduardo Cunha em lavar os ativos mediante manutenção de conta oculta com os valores espúrios, cuja abertura foi assinada por ela, bem como por converter os ativos criminosos em bens e serviços de altíssimo padrão", completam.
Além da pena de prisão em regime fechado, os procuradores também pedem uma multa mínima para reparar os danos causados ao erário público no valor de R$ 7 milhões. Para os demais réus, réus Jorge Zelada, João Henriques e Idalécio Oliveira a multa estabelecida pelo MPF foi de R$ 240 milhões.
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