Ex-presidente iniciou sua fala no Seminário de Economia "Estratégias para a economia brasileira: desenvolvimento, soberania e inclusão", organizado pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, dizendo que está "ansioso para o depoimento ao Sérgio Moro"; "É meu direito de poder falar. Não estou preocupado com a data, isso é com o juiz Moro", afirmou, sobre a informação de que o juiz teria mudado o dia do depoimento de 3 para 10 de maio; Lula também comentou o depoimento de Léo Pinheiro e lembrou que o ex-executivo da OAS já foi condenado a 26 anos: 'falaria até da mãe'; "Eu acho que está chegando a hora de parar de falatório e mostrar a prova", cobrou Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta segunda-feira 24 em Brasília estar "ansioso" para depor ao juiz Sergio Moro, que julga os processos de primeira instância da Lava Jato.
"Eu estou ansioso para o depoimento ao Sérgio Moro. É meu direito de poder falar. Não estou preocupado com a data, isso é com o juiz Moro", afirmou, no início de sua fala no Seminário de Economia "Estratégias para a economia brasileira: desenvolvimento, soberania e inclusão", organizado pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo.
Lula se referia à informação divulgada hoje de que o juiz teria mudado o dia do depoimento de 3 para 10 de maio. E acrescentou: "Entre todos, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da imprensa, quem mais deseja a verdade sou eu".
Ele também comentou o depoimento feito pelo ex-executivo da OAS ao juiz Moro, em que afirmou que o triplex do Guarujá pertence ao ex-presidente. "Eu vi agora a pressão que fizeram com o Leo, um cara que já está condenado a 26 anos. Nessa situação ele falaria até da mãe", disse.
"Eu acho que está chegando a hora de parar de falatório e mostrar a prova. Eu quero que eles mostrem um real numa conta minha que seja propina. Não precisa ser 100 milhões, basta um real", completou.
Lula criticou um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) que defendeu as reformas do governo Temer como essenciais para a retomada do crescimento da economia. "O FMI não tem autoridade moral para dar nenhum palpite sobre o que nós devemos e queremos fazer da nossa economia", disse Lula. "Nós sabemos tomar conta do nosso nariz", acrescentou.
Em crítica direta a Temer, o ex-presidente disse que "esse país está desgovernado". "Esse país não precisa ter alguém ocupando o cargo indevidamente, alguém que não tem popularidade, mas diz que tem voto no Congresso. Esse país precisa ser governado por alguém que saiba cuidar de 204 milhões de pessoas que precisam ser cuidadas", defendeu.
O petista defendeu uma "eleição de qualidade para deputado e senador" e difundir uma mensagem e realizar um debate com mais qualidade. "Temos que descobrir como vamos fazer uma maioria para aprovar essas reformas", alertou.
"Não pode chegar na eleição, após a gente brigar muito, e a bancada ruralista eleger muito mais deputados que nós elegemos. É preciso que a gente leve em conta o discurso de politizar e informar a sociedade brasileira na hora de votar. Algo está errado quando os trabalhadores são maioria no país, mas não são maioria no Congresso. O mesmo com as mulheres, com os negros", destacou.
O petista prometeu que, se for reeleito presidente, não vai almoçar com os Marinho, da TV Globo, nem falar com a revista Veja. "Eles vão ter que entender que estarão lidando com um cidadão diferente. Se não sabem lidar com as mentiras que eles inventarem, eu não posso fazer nada", anunciou.
Ao comentar a pesquisa Vox Populi, divulgada na semana passada, que apontou Lula liderando em todos os cenários, em primeiro e segundo turno, Lula disse: "o que mais me deixa feliz é ver que esse partido é maior do que qualquer um de nós pode imaginar. Sobrevivemos a muitas bombas".
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