4.29.2017

'Nós vamos voltar e recuperar este país', promete Lula no Rio Grande do Sul



Flávio Neves
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff participaram de um ato em defesa do Polo Naval, na cidade de Rio Grande (RS)
Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff em ato em defesa do polo naval em Rio Grande (RS)
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O público gritava "Lula, eu te amo" quando o ex-presidente disse que o seu partido, o PT, voltaria ao poder. Lula e a ex-presidente Dilma participaram de ato em defesa do polo naval da cidade de Rio Grande, a 315 km de Porto Alegre, na tarde deste sábado (28).
A organização estima que 12 mil pessoas compareceram à manifestação realizada em frente à prefeitura da cidade.
O evento estava prestes a começar, por volta das 14h30, quando um pequeno avião passou levando uma faixa com os dizeres "Lula, Moro te espera". O ex-presidente é réu na Operação Lava Jato.
"Não sei o que vai acontecer comigo", disse Lula em seu discurso. "Mas podem se preparar porque nós vamos voltar e vamos recuperar esse paÍs", completou.
Lula voltou a criticar as reformas trabalhista e da Previdência e falou sobre o "ódio ao PT". O ex-presidente também elogiou o Rio Grande do Sul, Estado que considera politizado, e comparou a política gaúcha com a paulista.
Para Lula, enquanto a política gaúcha teve figuras como Getúlio Vargas, Leonel Brizola e Jango, São Paulo orgulha-se de Jânio Quadros, Ademar de Barros e Paulo Maluf.
Lula criticou a Rede Globo. A emissora não informou sobre a greve geral da última sexta-feira (28), no Jornal Nacional da noite da véspera.
"A Globo não se presta mais a transmitir informações", disse.
"Eu que não queria ser mais candidato, se a Globo escolher um candidato, terei imenso prazer de ser", provocou Lula.
O discurso do ex-presidente adotou pautas feministas, como combate à violência contra mulheres e representatividade das mulheres na política.
DESEMPREGO NO POLO NAVAL
Tanto Lula como Dilma lamentaram a falta de investimentos no polo naval de Rio Grande. Cerca de 17 mil vagas foram fechadas, restando 3.000 funcionários.
Dilma criticou o governo Temer (PMDB), que deve substituir o chamado "conteúdo local" da Petrobras por bens e serviços de países como Cingapura e China.
"Tudo que pode ser construído no Brasil deve ser construído no Brasil", disse Dilma.

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