"A reforma da Previdência foi desfigurada, o Temer cedeu além
de todos os limites"; foi assim que o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB) descreveu a atuação de Michel Temer, então deputado
federal e relator da reforma no governo tucano; FHC faz essa e outras
avaliações constrangedoras de Temer no primeiro volume de seu livro de
memórias, os "Diários da Presidência"; FHC ainda acusa Temer de faltar
com a palavra: "Na última hora o Michel Temer mudou coisas muito
importantes que havia combinado conosco, tornando a reforma
previdenciária muito pouco eficaz para o combate de uma porção de
abusos", escreveu o tucano, sem mencionar quais foram essas alterações;
"Dá para perceber que realmente o Congresso não quer mudar nada no que
diz respeito às corporações e aos privilégios", completou
247 - Se hoje Michel Temer trabalha para evitar
que o Congresso altere de forma profunda a proposta de reforma da
Previdência, há 21 anos era ele o responsável por mudar o texto do
Palácio do Planalto, chefiado por Fernando Henrique Cardoso.Em 1996, Temer foi relator, na Câmara dos Deputados, do texto de reforma previdenciária do governo tucano.
No primeiro livro com seus diários, FHC faz uma avaliação constrangedora para Temer: diz que o peemedebista desfigurou a reforma da Previdência enviada ao Congresso na década de 1990.
"A reforma da Previdência foi desfigurada, o Temer cedeu além de todos os limites."
As informações são de reportagem de Laís Alegretti e Ranier Bragon na Folha de S.Paulo.
"'Na última hora o Michel Temer mudou coisas muito importantes que havia combinado conosco, tornando a reforma previdenciária muito pouco eficaz para o combate de uma porção de abusos", escreveu o tucano, sem mencionar quais foram essas alterações.
No período em que FHC fez essas constatações, fim de março de 1996, o relatório de Temer alterando o projeto original foi apresentado e votado em primeiro turno na Câmara dos Deputados.
Pesquisa no Acervo da Folha revela que, nesse período, Temer desistiu de aumentar em cinco anos a proposta de idade mínima para servidores, que ficou, naquela versão do texto, em 55 anos (homem) e 50 anos (mulheres).
O texto que Temer enviou ao Congresso em 2016, já como presidente, prevê idade mínima de 65 anos como regra geral para aposentadoria."
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