O que é Psoríase?
A psoríase é uma doença
de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e
descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior
frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e
a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase
varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a
pele.
A psoríase é uma doença crônica, autoimune - ou seja, em que o organismo ataca ele mesmo - não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.
A psoríase é uma doença crônica, autoimune - ou seja, em que o organismo ataca ele mesmo - não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.
Tipos
São vários os tipos de
psoríase, que se apresentam e também são tratados de formas diferentes.
Dentre eles estão:
Psoríase Vulgar ou em placas
É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.Psoríase Invertida
Psoríase invertida é em forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, em baixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.Psoríase Gutata
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, este tipo da doença é mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.Psoríase Ungueal
É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.Psoríase Pustulosa
Esta é uma forma rara de psoríase, em que podem aparecer manchas em todas as partes do corpo ou se concentrar em áreas menores, como pés e mãos. Elas se desenvolvem rapidamente, formando bolhas cheias de pus poucas horas depois da pele se tornar vermelha. Essas bolhas normalmente secam dentro de um ou dois dias, mas podem reaparecer durante vários dias ou semanas, ocasionando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.Psoríase Eritrodérmica
É o tipo menos comum das psoríases, com lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais, com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa, levando a manifestações sistêmicas. São vários os fatores que podem desencadear este tipo de psoríase, dentre eles tratamentos intempestivos com o uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções, queimaduras graves, ou outro tipo de psoríase que foi mal controlada.Psoríase Artropática ou Artrite Psoriásica
Este tipo da doença pode estar relacionada a qualquer forma clínica da psoríase e, além de apresentar inflamação na pele e descamação, a psoríase artropática ou artrite psoriásica, também é caracterizada por fortes dores nas articulações e pode causar rigidez progressiva.Psoríase Palmo-plantar
As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.Causas
Não se sabe a causa
exata da psoríase. O que se acredita até agora é que em nosso sistema
imunológico existe uma célula conhecida como célula T, que percorre todo
o corpo humano em busca de elementos estranhos, como vírus e bactérias,
com o intuito de combatê-los. Se a pessoa tem psoríase, as células T
acabam atacando células saudáveis da pele, como se fosse para cicatrizar
uma ferida ou tratar uma infecção.
Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
Acredita-se que a genética tem um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas, que fatores ambientais também estejam envolvidos. Uma em cada 3 pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença, e acredita-se que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% a 3% de fato desenvolvem a doença. Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
Acredita-se que a genética tem um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas, que fatores ambientais também estejam envolvidos. Uma em cada 3 pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença, e acredita-se que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% a 3% de fato desenvolvem a doença. Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
- Infecções de garganta e de pele
- Lesões na pele, como feridas, machucados, queimaduras de sol ou outras de natureza física, química, elétrica, cirúrgica ou inflamatória
- Estresse
- Variações climáticas
- Fumo
- Consumo excessivo de álcool
- Medicamentos, como alguns prescritos para transtorno bipolar, pressão alta e malária
- Alterações bioquímicas, ou seja, do metabolismo de algumas substâncias na pele
Fatores de risco
- Histórico familiar: talvez este seja o fator de risco mais significativo para psoríase. Quanto mais parentes diagnosticados com a doença o paciente tiver, mais chances de desenvolver a doença
- Infecção bacteriana ou viral: pessoas com quadros constantes de infecção têm igualmente mais chances de serem diagnosticadas com a doença
- HIV/Aids: pessoas com Aids ou portadoras do vírus HIV, que têm deficiência no sistema imunológico, também são mais propensas a desenvolver a psoríase
- Estresse: ele também pode impactar no sistema imunológico
- Obesidade: o excesso de peso facilita o desenvolvimento da doença
- Fumo: o uso do cigarro não só é um fator de risco para psoríase como também pode determinar o quão grave será a doença
Sintomas
Sintomas de Psoríase
Prepare-se para consulta
Marque seus sintomas, e leve sua lista para o médico
- Lesões avermelhadas na pele, cobertas com uma camada brancoprateada e descamativa
- Pequenas manchas vermelhas
- Pele seca, com facilidade para sangramentos
- Unhas espessas e esfareladas, amareladas, descoladas e com furinhos na superfície
- Inchaço nas articulações
- Articulações rígidas e doloridas
- Placas e descamações no couro cabeludo, cotovelos e joelhos
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Perguntas para fazer ao médico
Receba uma lista de perguntas para levar para a consulta
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- Se possível, peça para uma pessoa acompanha-lo
- Quando os sintomas começaram?
- Com que frequência você tem esses sintomas?
- Os sintomas são contínuos ou ocasionais?
- Há alguma medida que ajude a amenizar os sintomas?
- Algum parente próximo tem psoríase?
- Quais articulações foram afetadas?
- Quais exames serão necessários para realizar o diagnóstico?
- Quais os tratamentos disponíveis?
- Qual o tempo de recuperação?
- Eu tenho outros problemas de saúde. Como posso conciliá-los com a psoríase?
- Quais cuidados devo tomar em casa para ajudar na recuperação?
Diagnóstico de Psoríase
O diagnóstico da
psoríase é clínico, em que o médico faz um exame físico, analisando os
aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, e verificando se os sintomas
realmente representam psoríase. O profissional também deverá levar em
conta o histórico familiar do paciente para psoríase, uma vez que já que
ter algum parente com a doença aumenta as chances de desenvolvê-la. O
especialista também pode pedir para o paciente fazer uma biópsia da pele
afetada para confirmar o diagnóstico.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Psoríase
Existem diversos tipos
de tratamento para psoríase, mas todos têm pelo menos um dos seguintes
objetivos:
Normalmente é possível tratar pacientes que apresentam uma forma leve de psoríase, com pequenas e poucas lesões cutâneas, sem comprometimento das articulações, com medicações tópicas, além de orientações sobre os benefícios dos hidratantes e da exposição solar (leve e protegida) na psoríase. Dentre os medicamentos tópicos que podem ser receitados estão as pomadas com corticoides e outras substâncias que sejam mais adequadas, caso a caso, para aliviar os sintomas.
Já os pacientes que apresentam formas de psoríase mais graves frequentemente necessitam de medicamentos sistêmicos, que são os de uso via oral, subcutâneo, intramuscular, ou intravenoso, para o controle da doença. Eles também são indicados nos casos em que apenas com o tratamento tópico não se obteve o resultado esperado.
Dentre as classes de medicamentos sistêmicos para o tratamento da psoríase podem ser citados:
- Reduzir a inflamação e formação das placas, fazendo com que as células da pele parem de crescer tão rapidamente
- Regular e normalizar a aparência da pele
Normalmente é possível tratar pacientes que apresentam uma forma leve de psoríase, com pequenas e poucas lesões cutâneas, sem comprometimento das articulações, com medicações tópicas, além de orientações sobre os benefícios dos hidratantes e da exposição solar (leve e protegida) na psoríase. Dentre os medicamentos tópicos que podem ser receitados estão as pomadas com corticoides e outras substâncias que sejam mais adequadas, caso a caso, para aliviar os sintomas.
Já os pacientes que apresentam formas de psoríase mais graves frequentemente necessitam de medicamentos sistêmicos, que são os de uso via oral, subcutâneo, intramuscular, ou intravenoso, para o controle da doença. Eles também são indicados nos casos em que apenas com o tratamento tópico não se obteve o resultado esperado.
Dentre as classes de medicamentos sistêmicos para o tratamento da psoríase podem ser citados:
- Imunossupressores: esse tipo de medicamento atua no sistema imunológico diminuindo a capacidade do organismo atacar ele mesmo
- Medicamentos biológicos: são moléculas de natureza proteica, produzidas com o auxílio da engenharia genética, usadas para tratar doenças autoimunes. Eles são indicados, especialmente, nos casos resistentes aos tratamentos convencionais ou que já apresentem restrição a eles pelo desenvolvimento de efeitos colaterais.
Convivendo (prognóstico)
Perguntas frequentes
A psoríase é contagiosa?
A psoríase é mais comum em homens ou mulheres?
A incidência da psoríase é igual em homens e mulheres.A psoríase tem graus ou intensidades?
Sim, ela pode ser leve, moderada ou grave. A Fundação Nacional Americana de Psoríase considera que a psoríase leve é aquela que afeta menos de 3% do corpo, de 3-10% é considerada moderada e mais de 10% é considerada grave.O que pode ativar ou piorar os sintomas da psoríase?
Os ativadores da psoríase variam de pessoa para pessoa e podem incluir estresse, lesão na pele, alguns tipos de infecções e determinados medicamentos.Quais são as partes do corpo mais afetadas?
Apesar de poder se manifestar em qualquer local do corpo, a psoríase é mais comum no couro cabeludo, nos joelhos, cotovelos e tronco.Psoríase é apenas um problema da pele?
Não. A psoríase é uma doença imunológica crônica que se manifesta principalmente na pele. Contudo, até 30% dos pacientes com psoríase desenvolvem artrite psoriásica, que afeta as articulações e a pele. A inflamação da psoríase pode também estar associada a outras condições e doenças sistêmicas, como obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia (aumento de triglicérides e colesterol) e diabetes.Os sintomas da psoríase podem piorar no inverno?
Sim. Fatores comuns do inverno, como o ar seco, a exposição reduzida à luz solar e às temperaturas mais baixas podem contribuir para exacerbações da psoríase nesta época.Em qual idade a maioria das pessoas desenvolve psoríase?
A psoríase pode se desenvolver em qualquer idade, mas, na maioria das pessoas, os sintomas se manifestam pela primeira vez até os 35 anos de idade.A psoríase é hereditária?
Uma em cada três pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença. Converse com seu médico sobre seu histórico genético.Convivendo/ Prognóstico
A psoríase é uma doença
crônica que pode ser controlada com tratamento, mas ela também pode
desaparecer por algum tempo e depois voltar. Além disso, são diversos os
fatores que podem desencadear os sintomas, desde estresse até
infecções, dependendo do grau do problema e do próprio organismo do
paciente. Os sintomas também podem ser bastante incômodos e, por vezes,
acabar afetando a autoestima da pessoa com psoríase. Com isso, as
seguintes dicas podem ser bastante úteis:
Tenha uma dieta saudável
Além de poder prevenir novas crises da doença, uma alimentação saudável faz toda a diferença no bom funcionamento do organismo, previne o sobrepeso e a obesidade - fatores estes que colaboram com o desenvolvimento de um tipo grave de psoríase. Para saber se você está se alimentando de forma correta e saudável é interessante manter um diário nutricional, em que poderá analisar melhor a qualidade de suas refeições. Algumas dicas são ingerir mais frutas, vegetais, cereais integrais, laticínios com baixo teor de gordura, carnes magras e peixes. Também diminuir a quantidade de carne vermelha, laticínios com alto teor de gordura, álcool, alimentos refinados e processados. Mas é importante conversar com o seu médico antes de fazer qualquer mudança na dieta, uma vez que de acordo com certas restrições alimentares ele irá personalizar o que você pode comer afim de estar suprido com todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu corpo.Evite o estresse
O estresse é um ativador comum da psoríase, até porque a própria doença pode ser considerada um fator estressante. Embora nem sempre seja possível evitar o estresse, ter consciência dele pode ajudar. Para isso você precisa identificar a causa do seu estresse, que podem até ter desencadeado reações anteriores, para evita-los ou lidar com eles de maneira mais construtiva no futuro. Ter um tempo para relaxar, fazer meditação ou ioga, assim como exercícios de respiração profunda podem ajudar a reduzir o estresse. Também é importante conversar, desabafar sobre como a psoríase faz você se sentir e afeta a sua vida. Reprimir esses sentimentos pode aumentar o estresse e piorar os sintomas do problema.Na hora de se vestir
Com psoríase, algumas pessoas podem ter dificuldade em escolher roupas que as deixem confortáveis e se sintam bem. Se você se enquadra neste quesito, pode achar interessante escolher roupas com tecidos macios como o algodão para não causar atrito na pele. Tecidos mais ásperos como os de lã ou sintéticos podem causar irritação nas placas. Também é importante manter a respiração da pele, uma vez que a própria transpiração também pode irritar o local ocasionalmente. Neste quesito, tecidos macios e "respiráveis", que absorvam a umidade, são uma boa pedida.Cuidado com outros medicamentos e produtos
Alguns medicamentos ou produtos para a pele podem interferir diretamente nos sintomas da psoríase. Então, é importante sempre consultar e informar ao médico os remédios e cosméticos que faz uso para que se verifique qual opção pode ser usada para tratar os problemas sem que os efeitos de ambos sejam prejudicados ou causem algum problema ao paciente.Complicações possíveis
- Artrite psoriásica: Complicação da psoríase que pode causar danos às articulações
- Problemas oculares: Algumas condições oculares, como conjuntivite, blefarite e uveíte são mais comuns em pessoas com psoríase
- Obesidade: Pessoas com psoríase, principalmente aquelas com as formas mais severas da doença, são mais propensas a desenvolver obesidade. Ainda não se sabe exatamente como elas estão ligadas, mas acredita-se que seja por praticarem menos atividades físicas por conta da própria condição de saúde. Além disso, pessoas com obesidade que desenvolvam psoríase têm maior chance de contrair formas mais graves da doença
- Diabetes tipo 2: O risco do paciente com psoríase desenvolver diabetes tipo 2 é aumentado quanto mais severo for o tipo de psoríase
- Doenças cardiovasculares: O risco de infarto, taquicardia e outras condições cardiovasculares são maiores em pessoas com psoríase em comparação com quem não tem a doença. Isso pode ser devido a um excesso de inflamações, efeito colateral de alguns tratamentos ou a um aumento do risco de desenvolver obesidade e outros fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares
- Outras doenças metabólicas: como a doença celíaca, esclerose, doença de Crohn, entre outras
- Síndrome metabólica
- Hipertensão arterial
- Doença de Parkinson
- Doenças dos rins
Expectativas
A psoríase é uma doença
crônica que pode ser controlada com tratamento. No entanto, os sintomas
podem desaparecer por algum tempo e depois retornar. Não é possível
prever com certeza quando as crises irão se manifestar. A psoríase passa
por ciclos, aparentemente aleatórios, de melhora e piora dos sintomas.
Hidratar a pele ajuda a aliviar os sintomas, mas a abordagem terapêutica
precisa ser direcionada para cada tipo e intensidade do quadro de
psoríase.
Os efeitos do tratamento também são diferentes de pessoa para pessoa, algumas podem obter resultados com a primeira opção terapêutica, enquanto outras demoram mais para encontrar um tratamento eficaz. A pele também pode ficar mais resistente com o passar do tempo, fazendo com que a mudança de doses ou abordagem seja inevitável. Além disso, a maioria dos tratamentos pode apresentar efeitos colaterais significativos, então é importante conversar com o seu médico se surgirem novos sintomas ou caso aconteça mudanças na pele.
Os efeitos do tratamento também são diferentes de pessoa para pessoa, algumas podem obter resultados com a primeira opção terapêutica, enquanto outras demoram mais para encontrar um tratamento eficaz. A pele também pode ficar mais resistente com o passar do tempo, fazendo com que a mudança de doses ou abordagem seja inevitável. Além disso, a maioria dos tratamentos pode apresentar efeitos colaterais significativos, então é importante conversar com o seu médico se surgirem novos sintomas ou caso aconteça mudanças na pele.
Prevenção
Não há uma maneira
conhecida de prevenir a psoríase, mas você pode agir para evitar que as
crises da doença ocorram. Confira algumas medidas:
Hidrate sua pele
Pessoas com psoríase devem usar hidratantes corporais, indicados pelo médico, várias vezes ao dia, principalmente nas áreas onde costumam aparecer as lesões. Prefira aqueles que não tenham muito perfume e cor, pois são menos propensos a desencadear uma alergia. Aproveite o pós-banho para fazer a hidratação principal.Não esfolie a pele
A esfoliação é contraindicada para pacientes que sofrem de psoríase. Além disso, o procedimento pode causar rompimento da pele, desencadeando uma nova crise. Este é o chamado fenômeno de Koebner, em que um trauma em alguma região saudável da pele leva ao surgimento de lesões que existiam em outras partes do corpo. O mesmo acontece em portadores do vitiligo.Tome sol
Tomar sol não só é permitido como é recomendado para pacientes com psoríase. Mas, é claro, com alguns cuidados. O primeiro deles é em relação ao horário de exposição, que deve ser até as 10h ou após as 16h. Outro cuidado é a duração da exposição. Cerca de 10 minutos já são suficientes para aproveitar o efeito anti-inflamatório do sol. Converse com o seu médico sobre o uso de filtros solares.Cuidado com a depilação!
Homens podem fazer a barba com lâmina normalmente, tomando cuidado apenas com traumas que possam provocar lesões. A depilação, por sua vez, requer ainda mais atenção. O paciente deve optar pelo método que traumatizar menos a pele. Se ele tem alergia à lâmina, por exemplo, deve evitar o uso. Se tem alergia à cera, por outro lado, recomenda-se tentar a lâmina. Entretanto, se a área estiver muito inflamada, o ideal é tratar a pele antes de realizar qualquer procedimento para evitar o agravamento do quadro.Tome banhos rápidos
O banho do paciente com psoríase deve ser rápido, morno e sem o uso de buchas. Quanto ao sabonete, prefira as versões neutras. Por fim, seque a pele com uma toalha macia, sem esfregar e tome cuidado especial com as regiões lesionadas.Tome cuidado com os cosméticos
Antes de realizar qualquer procedimento estético, consulte seu dermatologista. A maior parte dos produtos pode ser usada em regiões livres de lesões. Nas áreas com traumas, entretanto, é preciso tomar cuidado para que substâncias presentes nas composições não agravem o quadro.Roupas
Opte sempre pelo conforto. Roupas muito justas ou que não são de algodão podem impedir que a pele transpire normalmente, favorecendo a proliferação de fungos. Assim, prefira peças que permitam ventilação e não limitem seus movimentos.Muita atenção com tatuagem e piercing!
Como a psoríase é uma doença caracterizada pelo fenômeno de Koebner, o paciente deve estar ciente de que os traumas causados para fazer uma tatuagem ou colocar um piercing podem desencadear o aparecimento de lesões. Se for arriscar, vale saber que está correndo o risco de surgir uma lesão crônica no local. Procedimentos para eliminar tatuagens também favorecem lesões.Perguntas sobre psoríase
Fontes e referências
- Carla Albuquerque, dermatologista membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM 95007/SP.
- Igor Brum Cursi, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 52.79016-8.
- Natalia Cymrot, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia - CRM: 84332/SP.
- Clínica Mayo – organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos que reúne conteúdos sobre doenças, sintomas, exames médicos, medicamentos, entre outros.
- Associação Nacional dos Portadores de Psoríase - entidade sem fins lucrativos cujo como objetivo é buscar e divulgar informações sobre psoríase.
-
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Mais sobre
O que é Psoríase
É uma doença inflamatória da pele e articulações (psoríase artropática ou artrite psoriática), não contagiosa, crônica e recorrente. A inflamação nas células da pele, chamadas queratinócitos, provoca um aumento exagerado da sua produção, acumulando-as na superfície e formando placas avermelhadas de escamas esbranquiçadas ou prateadas. Ao raspá-las, podem surgir pontos de sangramento.
A maioria das pessoas com psoríase apresenta forma leve com poucas placas nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo. Porém, existe a forma grave que pode atingir a totalidade do corpo.
Apesar de muita gente achar que psoríase é uma doença de origem emocional, na realidade ela tem base genética e atualmente são conhecidos vários marcadores nos genes (PSOR1; PSOR2, etc...).
Há pouco tempo confirmou-se que a psoríase é uma doença mediada pelo sistema imunológico de defesa, fazendo parte das Doenças Imuno-Mediadas, como, por exemplo, a Doença de Chron.
Necessita de fatores desencadeantes para o seu surgimento. Aprender sobre a doença e formas de tratamentos pode resultar em melhor qualidade de vida. O Centro Brasileiro de Psoríase contribui para isso por meio de uma visão mais global e atualizada.
Incidência
A psoríase atinge cerca de 2% da população mundial, existindo regiões com maior incidência, caso da Finlândia com cerca de 2,8% dos habitantes, e povos com prevalência muito baixa ou inexistente, como os esquimós, mongóis e povos do oeste da África.
Nos EUA, há mais de sete milhões de pessoas. No Brasil, são aproximadamente três milhões. A doença ainda é pouco divulgada na mídia nacional e pelos serviços de saúde.
Por mais de mil anos, a psoríase foi confundida com a lepra (Hanseníase) e somente no século XVIII foi diferenciada. Atinge igualmente homens e mulheres e em qualquer idade. Há dois picos de incidência – precoce, dos 16 aos 22 anos, e tardio, dos 57 a 60 anos. Em 15% dos casos
Causas
Essa doença genética tem um fator de predisposição; um terço dos pacientes tem história familiar. A herança é multifatorial, implicando diversos genes. O entendimento da psoríase é tão complexo que parece se tratar de várias doenças em uma só. Assim, sua evolução ou regressão é imprevisível.
Porém, existem várias causas bem relacionadas, que devem ser conhecidas e, na medida do possível, evitadas:
*traumas cutâneos: na maioria dos portadores há o Fenômeno de Koebner ou Fenômeno Isomórfico, no qual um trauma repetido na pele sã pode desencadear lesões de psoríase. Isso talvez explique porque é mais comum aparecer nos cotovelos, joelhos (devido a atritos na mesa ou em roupas) e couro cabeludo (por escovas e pentes). Deve-se, portanto, evitar agredir a pele. Lembrar que a exposição ao sol é benéfica, mas queimaduras solares não são.
*infecções: amigdalites ou faringites por bactérias (tipo estreptocócicas) são desencadeantes comuns da psoríase, ocorrendo geralmente o primeiro episódio agudo em crianças ou jovens. Tem aparência de gotas e por isso é chamada psoríase gutata. Infecções por vírus também podem desencadear psoríase. No doente com infecção pelo HIV há piora na pele. Os fungos causadores de micoses, como candidíase vaginal, também podem levar à piora da psoríase.
*medicamentos: é importante o médico assistente saber a existência da psoríase de seu cliente, pois algumas drogas podem desencadear ou agravar a doença. A mais comum das drogas é o corticóide (corticosteróide), via oral ou injetável que pode transformar um quadro leve em severo. Há estudos que demonstram que até mesmo a pomada de corticóides potentes, quando usada em áreas extensas do corpo, pode ser absorvida e causar o efeito sistêmico. Outras drogas relacionadas são os betabloqueadores para doenças cardíacas; o lítio para alterações psiquiátricas; os antimaláricos e alguns antiinflamatórios para dores ou reumatismo.
*emocional: o estresse psíquico intenso ou constante, na maioria dos pacientes, pode desencadear ou agravar a evolução. Porém, pode ocorrer o inverso, isto é, ajudar no controle ou desaparecimento. Hoje, estudos na área da psiconeuroimunologia confirmam suspeitas a esse respeito ´por médicos, pacientes e familiares.
*Ingestão de bebidas alcoólicas: pode piorar ou afetar os efeitos das medicações para psoríase.
*Outros fatores: tabagismo pesado; distúrbios hormonais e metabólicos; variações climáticas e outros, já foram relacionados à evolução da psoríase.
Clínica e Diagnóstico
O diagnóstico da psoríase é feito pelo exame clínico e, quando necessário, deve ser confirmado através de uma biópsia da lesão.
Porém, a psoríase pode ser confundida com várias alterações de pele, como eczemas, dermatite de contato, dermatite seborréica no couro cabeludo, micoses, intoxicação e várias outras, retardando o diagnóstico definitivo ou afetando a evolução (ou a cura?) por uso inadequado de medicamentos.
Existem algumas características nas lesões de psoríase: as bordas externas são bem delimitadas ou com halo esbranquiçado ao redor (sinal de Woronoff); as escamas são espessas e prateadas (sinal da vela), podendo ocorrer inflamação; ao se raspar as escamas, podem aparecer pontos de sangramento (sinal do orvalho sangrante).
As dimensões e aparências das lesões variam: em forma de gotas (gutata), grandes placas (numular; em placas) até vermelhidão generalizada (eritrodérmica). Geralmente as lesões são simétricas no corpo e em áreas de extensão. Podem acometer áreas de flexão, caso da chamada psoríase invertida. Existem casos em que ela atinge somente palmas das mãos e plantas dos pés, nomeada como psoríase palmo/plantar.
Em qualquer dos casos, pode acometer as unhas e genitais. Mais raro é o tipo psoríase pustuolosa, na qual as pústulas são estéreis.
Pode ter início agudo ou fases de aumento e regressão. O curso desse tipo de psoríase quase sempre é crônico.
Fonte: Centro Brasileiro de Psoríase
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