Os votos contra Temer foram 227 em agosto e 233 agora mas nem todos vieram da oposição. Parte dos que votaram contra Temer, filiados a partidos da base governista, acabaram marcando presença, depois de serem pressionados ou cooptados pelo governo, frustrando a estratégia de evitar que a votação ocorresse nesta quarta-feira. Ainda assim, a oposição pode contabilizar um feito: conseguiu pela primeira vez conduzir-se com absoluta unidade e deixou o governo no aperto o dia inteiro, correndo atrás de deputados que ajudassem a garantir o quórum de 342 votos, o que só aconteceu no início da noite.
Jogo encerrado, começa agora um novo momento, a travessia para as eleições de 2018. Um tempo de Brasil ladeira abaixo. Impopular, excluído do jogo eleitoral porque não será candidato nem atuará como eleitor ou cabo eleitoral de ninguém (até porque todos vão querer distância dele), Temer vai dedicar-se à sua agenda de retrocessos em série. Na sexta-feira fará leilões do pré-sal e na semana que vem deve enviar ao Congresso o projeto de modelagem da privatização da Eletrobrás.
E como o tempo para o governo acabar começou a ser contado, agora os negócios serão feitos a toque de caixa. A organização criminosa vai atuar intensamente.
Tristes trópicos!
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