247 – Em editorial publicado nesta sexta-feira, o jornal O Globo, da família Marinho, praticamente instruiu a delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci, indicando o que é necessário dizer em troca da liberdade, sem mencionar que o ex-ministro da Fazenda havia sinalizado, no passado, sua intenção de delatar a própria Globo. Confira, abaixo, um trecho:
Mas é preciso detalhar como Emílio Odebrecht atendeu ao pedido de dona Marisa Letícia para concluir a reforma do sítio de Atibaia, mal iniciada por outros, menos qualificados que a maior empreiteira do país. Bem como os pagamentos pelos bons serviços prestados por Lula aos negócios da empresa, disfarçados de remuneração por palestras. Que até podem ter sido proferidas, mas que serviram de biombo para escamotear as transferências ilegais. E há, ainda, a cobertura vizinha ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo, “lavada” por meio de um aluguel pago a um parente de José Carlos Bumlai. Do pacote da corrupção, ainda consta a compra de um terreno em que seria edificado o Instituto Lula. A empreiteira também pagou despesas pessoais do presidente, segundo Palocci. Nos termos do ex-ministro, Lula e Emílio fizeram um “pacto de sangue”.
Detalhe: a Globo, que tenta manter Lula preso para prorrogar o golpe que destrói a economia nacional e entrega o petróleo, também contratou palestras de Lula.
A jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha, afirma nesta sexta (27) que a delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci vai implodir o sistema financeiro, mas, assegura ela, a mídia foi preservada na barganha com a Polícia Federal.
“O sistema financeiro deve ser, como previsto, impactado pela colaboração de Antonio Palocci assinada com a Polícia Federal na terça (24). Já a área de comunicação, que ele ameaçou delatar, ficou de fora”, anotou a colunista da Folha.
Palocci quer a mídia como aliada nesta guerra contra os bancos privados, por isso não delatou [ainda] as empresas de comunicação.
O ex-ministro nos governos Lula e Dilma está preso provisoriamente pela lava jato há um ano e meio em Curitiba. Ele foi condenado a 12 anos de prisão na primeira instância. Ele teria direito de recorrer em liberdade.
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