Um dia depois de enterrar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), o usurpador Michel Temer postou um novo vídeo lembrando que ele e o PSDB estão juntos no golpe de 2016, que destruiu a economia e a imagem do Brasil no mundo; Temer fez questão de frisar que os tucanos indicaram vários ministros – como José Serra, Bruno Araújo e Antônio Imbassahy – para o governo que é a maior catástrofe já vista na história do Brasil e, por isso mesmo, uma administração rejeitada por mais de 95% da população; ao que tudo indica, Temer tenta agora puxar os tucanos para a sua catacumba; assista ao vídeo
6 DE SETEMBRO DE 2018 ÀS 10:16 // INSCREVA-SE NA TV 247
247 - Michel Temer publicou um vídeo no Twitter criticando o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta se descolar da imagem do governo emedebista, o mais rejeitado desde a redemocratização. "O PSDB, Geraldo, apoiou meu governo. Não faça como aqueles que falseiam, que mentem para conseguir votos, influenciado pelo marqueteiro. Seja realista. Conte exatamente a verdade", afirma Temer.
Em recado para o ex-governador de São Paulo, o ocupante do Palácio do Planalto diz que o tucano se lembra dos cargos do PSDB no governo federal. "Você se lembra quando mandei José Serra para o Ministério das Relações Exteriores. Fez um belíssimo trabalho, Geraldo. Depois nomeei Bruno Araújo para o Ministério das Cidades, que gerou muitos empregos. E lá, o Bruno Araújo, PSDB, fez um belíssimo trabalho", acrescenta.
Temer lembrou, ainda, que Antônio Imbassahy (PSDB-BA) foi ministro-chefe da Secretaria de Governo. "Mais tarde, levei o PSDB para dentro do Palácio do Planalto, por meio do nosso prezadíssimo Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que fez um belíssimo trabalho de natureza política no governo. Ajudou tanto o meu governo que pode hoje vir a apoiar você invocando precisamente aquilo que fizeram no meu governo", continua o emedebista.
As declarações de Temer tendem a alimentar um "fogo amigo" entre os políticos que apoiaram o impeachment sem crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff e ficará cada vez mais difícil para Alckmin se descolar da imagem do golpe. Como consequência, pode favorecer Jair Bolsonaro (PSL), mas o deputado federal tem pautas associadas à extrema-direita e com pouco respaldo entre setores progressistas. Apesar de liderar as pesquisas sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele perde os confrontos no segundo turno.
Se como for, o vídeo de Temer põe mais dificuldades ainda para a direita, que tenta voltar ao Planalto, mas os levantamentos eleitorais apontam que a população pede a volta de um governo que retome o crescimento econômico e os direitos sociais, destruídos pelo governo Temer, que teve o PSDB como sócio para chegar ao poder por meio de um golpe.
Leia a matéria da Reuters sobre o assunto:
Temer acusa Alckmin de dizer falsidades e cita apoio de PSDB e aliados ao governo
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Michel Temer acusou o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, de dizer falsidades em sua propaganda eleitoral, e lembrou que o PSDB e partidos que fazem parte da aliança do tucano para as eleições de outubro apoiaram seu governo e ocuparam importantes ministérios
Em dois vídeos publicados nas redes sociais nesta quinta-feira de manhã e na noite de quarta-feira, Temer fez suas primeiras críticas públicas a Alckmin durante a campanha, rebatendo os ataques feitos pelo tucano a seu governo.
“Geraldo Alckmin candidato a presidente da República, me dirijo a você pelas falsidades que você tem colocado no seu programa eleitoral, e eu não posso silenciar em homenagem ao povo brasileiro”, disse Temer em um dos vídeos.
“O PSDB, Geraldo, apoiou o meu governo. Não faça como aqueles que falseiam, que mentem, para conseguir votos influenciados pelos marqueteiros. Seja realista, conte exatamente a verdade”, acrescentou o presidente em outra publicação.
Temer rebateu críticas feitas por Alckmin ao seu governo em áreas como saúde, educação e geração de empregos, citando que essas áreas tiveram ministros de partidos que fazem parte da aliança de Alckmin para o pleito de outubro, como DEM, PP, PRB e PTB.
Segundo Temer, Alckmin “critica indevidamente” seu governo, uma vez que caso chegue à Presidência terá muitos dos mesmos partidos em sua base de apoio. “Se você vier a ganhar a eleição, essa base será a sua base governamental”, afirma.
O próprio PSDB de Alckmin ainda ocupa um ministério no governo Temer, o das Relações Exteriores, com Aloysio Nunes, e Temer lembrou que o partido também esteve à frente da pasta das Cidades, com Bruno Araújo, e foi responsável pela articulação política do governo com Antônio Imbassahy.
“Levei o PSDB para dentro do Palácio do Planalto por meio do nosso prezadíssimo Imbassahy”, disse.
Temer lembrou ainda que apoiou Alckmin em campanhas passadas ao governo do Estado de São Paulo, o qual o tucano governou por dois mandatos, e até mesmo à Presidência da República, e disse que o ex-governador “era diferente”.
“Eu me lembro, Geraldo, quando você candidato a governador, candidato a presidente, nas vezes que eu te apoiei precisamente para esses cargos, acho que você era diferente. Não atenda o que dizem os seus marqueteiros, atenda apenas à verdade, e a verdade significa que nós fizemos muito por essas áreas conduzidas por aqueles que hoje apoiam a sua candidatura”.
O MDB, partido de Temer, tem o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como candidato à Presidência.
Procurada pela Reuters, a assessoria de imprensa de Alckmin não respondeu a um pedido de comentários sobre as declarações de Temer.
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