O "Partido do Judiciário", que se organizou em torno do ódio ao PT e a Lula e na proteção ao PSDB, parece estar convencido de que Alckmin não tem chance nas eleições e, em duas manobras realizadas esta semana, dá indicações de que está lançando o tucano ao mar; a manobra mais agressiva foi o vazamento pelo MP de uma ação contra Alckmin por ter recebido R$ 10 milhões da Odebrecht; o MP quer que ele perca os direitos políticos
5 DE SETEMBRO DE 2018
247 - O "Partido do Judiciário", que se organizou nos últimos anos em torno do ódio ao PT e a Lula e na proteção ao PSDB, parece estar convencido de que Geraldo Alckmin não tem chance nas eleições e, em duas manobras realizadas nesta segunda (4) e terça (5) dá indicações de que está lançando o candidato tucano ao mar. A manobra mais agressiva foi o vazamento ao site Jota, que acompanha o Judiciário brasileiro, de uma ação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) de improbidade administrativa contra Alckmin por ter recebido R$ 10 milhões via caixa 2 da Odebrecht para campanhas eleitorais. O MP pede que Alckmin devolva os valores e tenha pena de perda de eventual função pública que ocupe e a suspensão dos direitos políticos. Antes, o MP federal havia vazado para a Folha de S.Paulo informação de confirmação por Alckmin de uma reunião em 2010 com um delator da Odebrecht, que ele anteriormente negara (aqui).
O caso divulgado pelo Jota refere-se a eventos de 2014 quando, segundo o MP, Alckmin teria aceitado mais de R$ 7,8 milhões da Odebrecht, "valores estes não declarados à Justiça Eleitoral, entregues por meio do esquema fraudulento de caixa dois, para a campanha à reeleição ao cargo de Governador do Estado de São Paulo.
Escreveu na ação o promotor Ricardo Manuel Castro: “Aceitando a inescrupulosa oferta da Construtora Odebrecht, no início de 2014, o requerido Marcos Antônio Monteiro, ainda no exercício de função pública, agendou uma reunião com os executivos acima citados da Construtora Norberto Odebrecht na sede de sua filial em São Paulo, na Rua Lemos Machado, 120, 8º andar, no bairro do Butantã, onde veio a pedir, em benefício do também requerido Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, uma doação no valor de 10 milhões de reais, valores estes a não serem contabilizados e declarados à Justiça Eleitoral, entregues por meio do esquema fraudulento de caixa dois, para a campanha deste último à reeleição ao cargo de Governador do Estado de São Paulo”.
Para o promotor, segundo o Jota, restou comprovado que "nos dias 07 de agosto de 2014 e 11 de setembro de 2014 foram efetivamente pagas por Rogério Martins a portador indicado por Marcos Antônio Monteiro, funcionário público, em benefício de Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, nas dependências do Hotel Mercure Privilege, localizado na Avenida Macuco, 579, Moema, conforme se verifica da análise da relação dos hóspedes que ali se registraram".
Com as duas iniciativas, o "Partido do Judiciário" pode estar condenando em caráter definitivo a raquítica candidatura de Alckmin num momento em que os tucanos depositavam as últimas esperanças no latifúndio da coligação do PSDB com o "centrão" no horário eleitoral gratuito, em que ocupa 44% do tempo na TV e rádio
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