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3.17.2009
Alimentação infantil
Principais Problemas Relacionados com a Alimentação
Excesso de peso
O que deve fazer: fazer uma alimentação equilibrada, refeições regulares mas em pequenas quantidades e, sobretudo com horários certos. O exercício é fundamental.
O que não deve fazer: fazer pouco exercício, comer em demasia, comer como forma de compensação, comer guloseimas entre as refeições. Também não deve chamar constantemente a atenção da criança para o facto de estar gorda ou ser diferente das outras crianças.
Peso a Menos
O que deve fazer: consultar um médico para verificar se a criança não está com lombrigas, problemas de tiróide, stress ou qualquer outro problema de saúde.
O que não deve fazer: forçar a criança a comer mais, chamar-lhe constantemente a atenção para o facto de estar magra ou ser diferente das outras crianças.
Falta de apetite
O que deve fazer: determinar horários certos para as refeições; tentar descobrir o motivo (social, psicológico ou mesmo fisiológico para a falta de apetite). Fale com a criança para a distrair enquanto tenta dar-lhe de comer, mostrando muita calma.
O que não deve fazer: dar guloseimas ou comida frequentemente entre as refeições; forçar a criança a comer. Sobretudo, não se enerve, ou transmitirá toda a ansiedade à criança.
Recusa da Comida
O que deve fazer: Não tenha medo de impor limites. As crianças precisam de saber que não podem fazer ou conseguir tudo. Habitue o seu filho a ter regras no que diz respeito às refeições: alimente-o sempre às mesmas horas e faça-o preferencialmente no mesmo lugar. Fazer concessões frequentes é abrir precedentes que nunca serão corrigidos. No entanto, lembre-se de que a criança pode ter uma razão para não querer comer: pode ter frio, calor, preferir beber, qualquer afecção da garganta ou boca que torna a refeição desagradável ou mesmo depressão...
O que não deve fazer: Não faça uso de comida como recompensa. Ensine à criança que deve comer porque faz bem, e não porque ele foi educada, não fez birra, etc. Do mesmo modo, se alimentar a criança a horas diferentes ou se o fizer andando ou no meio dos brinquedos, a criança vai achar que se trata de uma brincadeira, o que nem sempre é benéfico.
Recusa Certo Tipo de comida
O que deve fazer: seja firme na decisão, mas não perca a cabeça, não grite ou perderá a razão. Sirva apenas uma pequena porção do alimento que a criança não gosta e não faça comentários sobres os restos, mas continue sempre a servir esses alimentos. Por vezes a recusa da criança pode ter a ver com o aspecto, cheiro ou textura de determinado alimento, pelo que o problema pode ser ultrapassado preparando-o de um modo distinto.
O que não deve fazer: zangar-se constantemente quando a criança recusa algum tipo de alimento, sobretudo se essa recusa é feita sistematicamente - esta atitude pode marcar o início de problemas duradouros. Não demonstre ansiedade à hora da refeição, pois a criança pode aperceber-se.
Textura da Comida
O que deve fazer: a partir dos 6 meses de idade, e se a criança tiver começado a ingerir purés aos 4, deverá passar menos a comida. No caso de alimentos mais macios, como as cenouras, abóboras ou bananas, estas devem ser esmagadas apenas com o garfo a partir das idades indicadas.
O que não deve fazer: habituar a criança a comer purés muito homogéneos e passados, pois se inicialmente são os mais indicados, com o tempo a criança irá estranhar texturas diferentes.
Alimentos para Problemas Comuns
É do senso comum que certos alimentos podem ajudar na prevenção de problemas comuns. Seguem-se alguns conselhos quanto aos elementos a consumir e/ou a evitar relativamente aos problemas mais comuns entre as crianças:
Aftas
SIM: mastigar bem os alimentos, devagar para não morder a língua;
NÃO: bebidas açucaradas, ácidas e guloseimas com corantes.
Anemia
SIM: alimentos ricos em ferro, Vitamina C e cobre como fígado, peixe, marisco, gemas, legumes verdes, alperces, cerejas e figos, sumo de laranja.
NÃO: chá e coca-cola.
Ansiedade
SIM: alimentos ricos em Vitaminas B, C, E, cálcio, magnésio, ómega-3 e triptofano, como bananas, aveia, etc.
NÃO: muita carne, bebidas com cafeína (colas e chá).
Asma
SIM: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas B, C e E, magnésio, selénio e zinco, bem como pigmentos vegetais. Cebola, frutos silvestres, peixe gordo, trigo, azeite, legumes de folha verde, feijão, batata-doce, cereais integrais.
Cãibras
SIM: alimentos ricos em zinco, cálcio, magnésio, potássio, Vitaminas C e E e Ómega-3.
Cansaço
SIM: alimentos ricos em Vitaminas B, C e E, ácido fólico, ferro, magnésio, potássio e ómega-3. lacticínios, frutos secos, a maioria dos legumes (excepto enlatados e feijões) e muitos frutos (excepto bananas, uvas, ananás e melancia).
NÃO: hidratos de carbono refinados, como o pão, os biscoitos e bolos de farinha branca.
Cáries
SIM: alimentos açucarados apenas às refeições; alimentos fibrosos (cenouras cruas, maçãs), leite e água, cálcio, magnésio e outros minerais.
NÃO: alimentos a que adicionou açúcar, mel ou adoçantes, refrigerantes, sumos fora das refeições.
Chichi na Cama
NÃO: muitos líquidos à noite, bebidas com cafeína depois das 4 da tarde, espinafres e morangos.
Constipações
SIM: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas C e E, selénio zinco e pigmentos vegetais, alho, cebola crua, cevada, muitos líquidos, chá de limão com mel, canjas de galinha
Convulsões
SIM: alimentos ricos em Vitaminas B6 e E, cobre, magnésio e selénio, como o fígado, o marisco, as azeitonas, o feijão, as ervilhas e os cereais integrais.
Diarreia
SIM: água, chá e caldo de legumes, arroz integral, bananas e iogurte bio.
NÃO: lacticínios.
Dores de Cabeça
SIM: chá de gengibre, alimentos ricos em ómega-3
NÃO: bebidas gaseificadas ou com cafeína.
Eczemas
SIM: alimentos ricos em Vitaminas A, B, C e E, selénio zinco, ómega-3, betacaroteno e pigmentos vegetais, como ao aipo, os citrinos, a salsa e os agriões.
Gases
NÃO: comer fruta depois de ingerir alimentos gordos, hidratos de carbono refinados (bolos, biscoitos e pães de farinha branca), ovos, couves e certas preparações de cebola.
Indigestões
SIM: Tratamento preventivo: começar a refeição com uma salada, alimentos ricos em Vitaminas B e C, zinco, alimentos ligeiramente ácidos (alface, couve, agrião, chicória, nabos e alecrim), carnes temperadas com vinagre ou sumo de limão.
O alívio da indigestão: ananás, papaia, chá de gengibre, camomila ou hortelã.
NÃO: comer à pressa, comer em demasia.
Infecções
SIM: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas C e E, selénio zinco e pigmentos vegetais. Orégãos, salva, alho e cebola crua, como anti-oxidantes e anti-sépticos, cevada, muitos líquidos, chá de limão com mel, canjas de galinha.
Intolerância Alimentar/Alergias
SIM: para reforçar a imunidade: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas C e E, selénio, zinco e ómega-3.
Prisão de Ventre
SIM: muitos líquidos, alimentos ricos em fibra.
NÃO: pão branco e farinhas refinadas.
Problemas do sono
SIM: jantar cedo, com uma refeição leve e rica em hidratos de carbono, Vitamina B, cálcio, magnésio e zinco.
NÃO: colas, chás, queijo.
Alimentação Infantil Equilibrada
Nos dias que correm muitas são as preocupações dos pais e educadores com a alimentação das crianças. Os avanços da medicina e o aumento dos conhecimentos sobre nutrição humana levaram à constatação de que as crianças não têm o metabolismo de um adulto, pelo que a sua alimentação deverá ser feita em função da sua idade e necessidades específicas nesse dado momento.
As crianças são todas diferentes e os seus hábitos alimentares variam muito em função da idade, estados de espírito, saúde, épocas do ano, etc. Para muitos pais a hora da refeição é algo de problemático, seja porque os seus filho se recusam a comer determinados alimentos, seja porque tendem a comer de mais.
Quantidade não significa Qualidade
Ao contrário do que é comum pensar-se, comer muito não é sinónimo de comer bem, e uma criança gordinha, embora possa parecer saudável, pode não estar a fazer uma alimentação equilibrada, o que lhe trará problemas no futuro.
Os pais e educadores devem estabelecer a disciplina nas refeições, quer em termos de horários, locais ou dos próprios hábitos alimentares das crianças. Lembre-se: da alimentação do seu filho em criança dependerão, muito provavelmente, os seus hábitos alimentares no futuro.
Mãe, tenho fome!
A criança não deve estar constantemente a comer fora das refeições, sobretudo se for guloseimas. Algumas crianças tendem a queixar-se constantemente de fome e, muitas vezes os pais cedem quando o não deveriam fazer. Se o seu filho pedir constantemente comida fora das refeições, faça o possível por dar-lhe líquidos em vez de sólidos, sobretudo água. Contudo, a vontade constante de comer manifestada pelas crianças pode não advir apenas de maus hábitos alimentares e sim de reais questões de saúde (lombrigas, por exemplo) pelo que, se o problema persistir, é aconselhável consultar um médico.
Uma refeição equilibrada
Em termos gerais, uma refeição principal equilibrada deverá ser composta por uma parte maior de hidratos de carbono com amido (arroz, massa e cuscuz ou batata, feijão e ervilhas), acompanhada de uma parte menor de alimentos proteicos (carne, aves, peixe, ovos ou feijão). O consumo de gorduras devem ser feito em quantidades mínimas.
Cada Alimento a seu Tempo
Uma criança que recuse determinado tipo de alimento pode não estar apenas a fazer birra ou a ser esquisita. De facto, a introdução dos variados tipos de alimentos na dieta alimentar das crianças deve ser feita de forma gradual, espaçada e tendo em conta que uma criança não tem a capacidade de digerir o mesmo tipo de alimentos que de um adulto. Sempre que pretender dar pela primeira vez um determinado alimento à criança, dê-lho a provar com uma colher pequena ou com o dedo. Se a criança gostar, dê-lhe mais, até que, por fim, possa apresentar o prato completo.
Fonte: COMEZAINAS
Saiba um pouquinho mais sobre como deve ser a alimentação infantil e quais as causas da falta de apetite em crianças
Normalmente as mães se cobram muito a esse respeito e cobram da criança também! A preocupação em excesso pode gerar ansiedade e prejudicar esse ato que é tão importante e fundamental em nossas vidas.
-Importância do vínculo mãe-filho
Cobranças internas, de avós, sogras… devem ser cortadas pelas mães desde o início da gestação. A relação com a alimentação, começa na amamentação! A alimentação da criança no futuro, será resultado desse relacionamento estabelecido. O bebê que tem um bom vínculo com a mãe desde o princípio, se torna mais feliz e mais seguro para os bons hábitos alimentares.
-Compensação
Pais ausentes muitas vezes querem compensar sua falta de atenção com comida. E normalmente, os alimentos oferecidos são aqueles menos nutritivo. Isso piora a qualidade da alimentação, gera ganho de peso e inverte valores. A criança começa a entender que o alimento calórico é um prêmio! O que pode gerar obesidade e baixa auto-estima. O Brasil hoje, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, apresenta 6,7 milhões de crianças obesas. Esse número representa 12% da obesidade infantil. Então, não podemos continuar nesse passo! É importante que a criança tenha um prato completo, variado, rico em alimentos saudáveis e que seja incentivada pelos pais e pela escola a ter bons hábitos alimentares.
- Inapetência fisiológica
A partir dos 9 meses a criança cria uma certa autonomia e a recusa alimentar, pode aparecer…
Por volta de 1 ano, ocorre uma desaceleração do crescimento e por isso, a demanda por alimentos diminui, o que acaba preocupando muitos pais. No 2º ano de vida, a criança já caminha livremente pelo seu ambiente e passa a querer explorar o seu espaço a procura de novidades, qualquer coisa serve para chamar sua atenção. Isto torna mais difícil mantê-la sentada em frente a um prato de comida. Acompanhado a esses fatos, aumenta na criança a percepção da importância de alimentar-se e a mesma, começa a usar este fato em próprio benefício. Por isso, é preciso entender que esse é um processo fisiológico e que as crianças não comem as mesmas quantidades que os adultos! A alimentação infantil deve garantir as necessidades de cada fase para o adequado crescimento e desenvolvimento.
- Ambiente inadequado
A criança vai crescer saudável emocional e fisicamente se viver num ambiente familiar adequado, onde os pais conversam com o bebê, o tratam com carinho, atenção e cuidados. Muitas vezes os pais não percebem que suas atitudes prejudicam a alimentação da criança. Não ter rotina na hora das refeições, é um erro! Crianças que almoçam 12 horas um dia e 16 horas outro dia, não criam hábitos, e isso é ruim. Limites e rotina são importantes para as crianças.-Liberdade e independência
Outro erro comum dos pais é não dar liberdade e independência às crianças. Elas precisam comer sozinhas, se sujar, conhecer os alimentos. Só assim poderão ter experiência, as mãos e a boca são os meios da criança conhecer os alimentos. As crianças começam também a querer imitar os adultos, serem “independentes” e cabe aos pais paciência e deixar a criança experimentar as sensações. O mesmo se refere à consistência dos alimentos. Os pais não devem ter receio de dar alimentos mais sólidos e diferentes, desde que seja de acordo com a idade apropriada.- Respeitar as escolhas e oferecer sempre
Os pais devem lembrar que os alimentos devem ser bem preparados, o que envolve a escolha, a compra, a conservação, o preparo e o oferecimento à criança. Deve haver variedade no preparo dos alimentos, ou seja, os pais devem fazer refeições variadas e coloridas. Arroz e feijão, as carnes, verduras, legumes e frutas devem variar diariamente, se possível. Se a criança rejeitar um alimento, os pais não devem desistir, ofereça sempre que possível, apresente sempre, de formas diferentes talvez, uma hora ela irá ter curiosidade de experimentar. Às vezes em um determinado momento a criança não estava disposta ou não gostou do tipo de preparação.
-Aumento do apetite
Por volta dos 5 anos, a criança tende a aumentar seu apetite e passa a comer melhor. Não deixe de oferecer alimentos saudáveis e não estimule os industrializados, fast food e doces. É importante ressaltar que também não se deve criar um ambiente crítico e totalmente adverso aos alimentos, mesmo que sejam gordurosos e ricos em açúcar. A alimentação deve ser um processo natural, equilibrado, sem restrições e sem excessos, que valorize a saúde e desenvolvimento normal da criança.
Esclarecer a criança a respeito da importância da boa alimentação, dos nutrientes e suas funções e desde cedo, explicar também que certos alimentos não fazem bem à saúde e devem ser evitados, é uma conquista diária e fundamental.
"boaspraticasfarmaceuticas" adverte:Sempre procurar um médico especialista. Não a automedicação.
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