3.18.2009

Lidando com pessoas que acham você difícil


Auto-conhecimento: lidando com pessoas que acham você difícil

Um dos principais elementos na formação da nossa imagem é nossa reputação. Uma boa reputação abre muitas portas, enquanto uma reputação negativa dificulta o caminho. O que fazer então quando sabemos que temos a fama de sermos pessoas difíceis?

Um dos conceitos existentes no gerenciamento de imagem chama-se "halo effect". São as generalizações feitas a respeito de alguém, que distorcem a percepção que temos desta pessoa. Deste modo, quando temos uma boa impressão a respeito de alguém, acreditamos que tudo nela é positivo. No entanto, quando a impressão é negativa, acreditamos que tudo sobre ela é negativo. É como se apenas uma característica fosse capaz de minar todas as nossas outras qualidades.

A fama de pessoa difícil talvez seja uma das características mais negativas que podemos ter associada ao nosso nome. A questão é que a palavra "difícil" pode dar margem a muitas interpretações: difícil por quê? Mas a partir do momento que esta informação é disseminada, ela pode trazer sérias conseqüências. Temos desde a exclusão de certos grupos, oportunidades não dadas, até comportamentos provocativos vindos de outras pessoas.

A primeira reação que temos a este tipo de comportamento é nos fecharmos numa concha e acusarmos todos de estarem errados - reforçando a imagem que os outros têm de nós. Pode até ser que estejam mesmo errados, entretanto todos nós temos pontos cegos em nossa personalidade. São aquelas características que todos enxergam, menos nós.

É vital para sua sobrevivência em qualquer ambiente que você descubra quais são esses pontos cegos.

Fique atento a sua forma de se expressar quando está se comunicando. Será que sua linguagem corporal, seu tom de voz e as palavras que usa não indicam que você está sempre pronto para um confronto? Existe uma grande diferença entre uma personalidade agressiva e uma assertiva. A assertividade se baseia na autoconfiança, enquanto a agressividade, na insegurança. A assertividade se mostra através de atitudes como ter coragem de expressar sua opinião, mesmo quando todos pensam o contrário, falar calma e pausadamente, buscar soluções para problemas existentes e não fazer de conta que não existem, não querer ter sempre a razão, dar sugestões - não ordens. Se não conseguir detectar nenhum ponto cego em sua personalidade, busque o "feedback" de alguém em quem confia. Esteja preparado para ouvir as respostas. Não as veja como acusações, mas como ferramentas.

:: No trabalho

Se você detectar uma situação em que este tipo de comentário esteja sendo muito prejudicial para a sua carreira, não o ignore. Se sente que alguém usa esta característica sua para provocá-lo ou se as pessoas tendem a excluí-lo, chame as pessoas envolvidas para conversar. Sugira um café ou almoço. Diga que você tem consciência de suas diferenças, mas que está disposto a colocá-las de lado para conseguirem realizar um bom trabalho. Se alguém insistir nas acusações, fique na sua. Talvez ela precise extravasar e não vale a pena entrar numa discussão. Não acuse ninguém de nada, colocando a outra pessoa na defensiva. Procure aliviar as coisas. Mostre que você ouviu o que a pessoa tinha a dizer.

Muitas pessoas adoram criticar, mas na hora que são questionadas não conseguem ser específicas. Ao questioná-las, você as enfraquece. Se você perceber que a crítica é justa, reconheça. Se for necessário um pedido de desculpas, faça isto o quanto antes.

Comentários negativos, diferenças de ponto de vista e discordâncias fazem parte do dia-a-dia. Estamos em contato com pessoas com estilos de comunicação, crenças e valores diferentes dos nossos. Ninguém espera que você concorde com tudo e goste de todos ao seu redor. No entanto, isto não deve impedí-lo de estabelecer e manter bons relacionamentos e SEMPRE: SENDO VOCÊ MESMO!

Por Adri Alves

3 comentários:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Lidando com pessoas que acham você difícil

Comentários negativos, diferenças de ponto de vista e discordâncias fazem parte do dia-a-dia profissional, aprenda a lidar com isso

Por Ilana Berenholc

Um dos principais elementos na formação da nossa imagem é nossa reputação. Uma boa reputação abre muitas portas, enquanto uma reputação negativa dificulta o caminho. O que fazer então quando sabemos que temos a fama de sermos pessoas difíceis?

Um dos conceitos existentes no gerenciamento de imagem chama-se halo effect. São as generalizações feitas a respeito de alguém, que distorcem a percepção que temos desta pessoa. Deste modo, quando temos uma boa impressão a respeito de alguém, acreditamos que tudo nela é positivo. No entanto, quando a impressão é negativa, acreditamos que tudo sobre ela é negativo. É como se apenas uma característica fosse capaz de minar todas as nossas outras qualidades.

A fama de pessoa difícil talvez seja uma das características mais negativas que podemos ter associada ao nosso nome. A questão é que a palavra “difícil” pode dar margem a muitas interpretações: difícil por que? Mas a partir do momento que esta informação é disseminada, ela pode trazer sérias conseqüências. Temos desde a exclusão de certos grupos, oportunidades não dadas, até comportamentos provocativos vindos de outras pessoas.

A primeira reação que temos a este tipo de comportamento é nos fecharmos numa concha e acusarmos todos de estarem errados –reforçando a imagem que os outros têm de nós. Pode até ser que estejam mesmo errados, entretanto todos nós temos pontos cegos em nossa personalidade. São aquelas características que todos enxergam, menos nós.

É vital para sua sobrevivência em qualquer ambiente profissional que você descubra quais são esses pontos cegos. Fique atento a sua forma de se expressar quando está se comunicando. Será que sua linguagem corporal, seu tom de voz e as palavras que usa não indicam que você está sempre pronto para um confronto? Existe uma grande diferença entre uma personalidade agressiva e uma assertiva. A assertividade se baseia na autoconfiança, enquanto a agressividade, na insegurança. A assertividade se mostra através de atitudes como ter coragem de expressar sua opinião, mesmo quando todos pensam o contrário, falar calma e pausadamente, buscar soluções para problemas existentes e não fazer de conta que não existem, não querer ter sempre a razão, dar sugestões – não ordens.
Se não conseguir detectar nenhum ponto cego em sua personalidade, busque o feedback de alguém em quem confia. Esteja preparado para ouvir as respostas. Não as veja como acusações, mas como ferramentas.

No entanto, se você detectar uma situação em que este tipo de comentário esteja sendo muito prejudicial a sua carreira, não o ignore. Se sente que alguém usa esta característica sua para provocá-lo ou se as pessoas tendem a excluí-lo, chame as pessoas envolvidas para conversar. Sugira um café ou almoço. Diga que você tem consciência de suas diferenças, mas que está disposto a colocá-las de lado para conseguirem realizar um bom trabalho.
Se alguém insistir nas acusações, fique na sua. Talvez ela precise extravasar e não vale a pena entrar numa discussão - o que iria reforçar a opinião que os outros têm a seu respeito. Não acuse ninguém de nada, colocando a outra pessoa na defensiva. Procure aliviar as coisas. Mostre que você ouviu o que a pessoa tinha a dizer. Coloque seu ponto de vista e peça para que o outro proponha uma solução. Isto irá mostrar que você está aberto a mudanças. Muitas pessoas adoram criticar, mas na hora que são questionadas não conseguem ser específicas. Ao questioná-las, você as enfraquece. Se você perceber que a crítica é justa, reconheça. Se for necessário um pedido de desculpas, faça isto o quanto antes. Assim, terá o respeito de todos. Em todos os momentos deixe claro que você busca uma solução – e não vencer a disputa.

Comentários negativos, diferenças de ponto de vista e discordâncias fazem parte do dia-a-dia profissional. Estamos em contato com pessoas com estilos de comunicação, crenças e valores diferentes dos nossos. Ninguém espera que você concorde com tudo e goste de todos ao seu redor. No entanto, isto não deve impedi-lo de estabelecer e manter bons relacionamentos.

++ Rodolfo Araújo ++ disse...

Olá, Antônio, escrevi um texto sobre o "Efeito Halo" que acho que você pode gostar. Está em: http://rodolfo.typepad.com/no_posso_evitar/2008/09/chapu-de-anjo.html

Abraço, Rodolfo.

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Efeito halo

Efeito Halo é a possibilidade de que a avaliação de um item possa interferir no julgamento sobre outros fatores, contaminando o resultado geral

Efeito halo é a interferência causada nos processos de avaliação de desempenho devido à simpatia ou antipatia que o avaliador tem pela pessoa que está sendo avaliada.

Normalmente o efeito halo é considerado o mais sério e o mais difundido de todos os erros de avaliação.


Origem do Termo
O termo foi criado pelo psicólogo americano Edward Thorndike durante a Primeira Guerra Mundial. Thorndike conduziu uma série de experimentos junto ao Exército do seu país, para verificar de que forma os comandantes analisavam seus subordinados.

Os resultados foram surpreendentes na medida em que havia uma forte correlação entre a avaliação as aptidões dos soldados e sua aparência física. Algo como se o soldado mais bonito - ou mais forte, ou com melhor postura - atirasse melhor do que os outros, fosse mais veloz, mais habilidoso com uma faca, bom de cálculo e tocasse piano como ninguém. Resumindo, ele identificou a tendência em atribuir características positivas a quem tem resultados positivos – e vice-versa.

Apesar de parecer inequívoca, a associação entre o sucesso (ou fracasso) de alguma empreitada e a pessoa responsável por ela não é necessariamente verdadeira. É fácil acreditar que idéias que funcionaram eram boas e que planos de sucesso foram bem elaborados. E que os que deram errado tinham defeitos.

Também não é difícil apontar heróis dentre as pessoas do topo e olhar com desdém para as da base. Mas habilidade não garante realizações, nem são as realizações proporcionais à habilidade. Por isso sempre é bom ter em mente o outro termo da equação: a sorte (ou, claro, a falta dela).

A noção de que sucesso ou fracasso às vezes não resultam de grandes habilidades nem de tamanha incompetência, mas de circunstâncias fortuitas soa como heresia para os teóricos da administração. Mas eventos extraordinários podem acontecer sem causas extraordinárias. Porque tão importante quanto extrair significado onde ele existe, é não extrair onde ele não existe.

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